quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Veja 9 dicas para construir uma casa sustentável
Cuidados simples, alguns até já praticados, podem fazer diferença na natureza
Mais que uma realidade, cada vez mais a casa sustentável é uma necessidade. Para ficar no dado: a construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no mundo, de acordo com o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea). Para ficar no positivo: construções sustentáveis podem reverter o quadro de degradação ambiental e preservar os recursos naturais para gerações futuras.
Em tempos de mudanças climáticas, quanto mais opções que poupem o meio ambiente, melhor. E a maioria das inovações não é cara ou dá retorno financeiro a médio e longo prazo, o que pode sensibilizar bolsos mais resistentes.
Confira abaixo nove dicas para construir uma casa ambientalmente amigável. Na maioria, são cuidados simples, alguns que até já são praticados, que podem fazer diferença na natureza.
1.Como se trata de um mercado em constante renovação, informe-se sempre pela internet e com quem trabalha com esse tipo de material quais são as novas tendências
2.Troque os materiais de construção pelos produzidos com baixo custo ambiental. Por exemplo, tijolo de solo-cimento em lugar do tradicional. Pode custar mais, mas dispensa o acabamento com massa corrida, ou seja, o custo fica zero a zero
3.Isole bem a casa, como forma de aproveitar ao máximo a refrigeração e o aquecimento, evitando desperdício
4.Sistemas de captação de energia solar e de água da chuva são mais complexos de serem instalados, mas dão resultados e retorno do investimento a médio e longo prazo
5.Medidores de consumo de água ajudam a controlar e reduzir o consumo
6.Troque lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que consomem menos
7.Em vez de ar-condicionado, use ventiladores de teto. Também servem no frio, para movimentar o ar quente concentrado no alto
8.Algo de baixo trabalho e alto rendimento: plantar árvores. Se forem frutíferas, melhor: você pode consumir a produção e até iniciar sua própria horta
9.Dê preferência a utensílios do lar eletrodomésticos com certificados de que não agridem o meio ambiente, como vassouras feitas a partir de mata desmatada legalmente
10 hábitos simples para ajudar o planeta
Dez hábitos básicos para toda pessoa ajudar a enfrentar o efeito estufa
Descobrir como diminuir os gases poluentes e tornar o planeta um lugar ecologicamente seguro e viável não é uma tarefa difícil. Pequenos gestos e a mudança de hábitos diários já fazem o resultado aparecer. Com ajuda da ONG Iniciativa Verde, veja 10 maneiras básicas de diminuir a emissão individual de gases que ampliam o efeito estufa (GEE):
Tem um carro? Cuide dele – e faça a manutenção do veículo. Um motor mal cuidado pode consumir 50% a mais de combustível, além de produzir 50% mais dióxido de carbono (CO2).
Olho no pneu. Faça a calibragem a cada duas semanas pelo menos.
Prefira veículos movidos a álcool ou os biocombustíveis. O álcool é uma fonte de energia renovável, ao contrário da gasolina, do diesel ou do gás.
Em casa, substitua o ar-condicionado pelo ventilador.
Não deixe muitos eletrodomésticos ligados ao mesmo tempo, principalmente se tiver mais de um para funções semelhantes, como geladeira e freezer.
Troque as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, que consomem cerca de três vezes menos energia e ainda podem durar até dez vezes mais. Ajuda também na redução da conta de luz.
Não deixe luzes ou equipamentos ligados. Configure o computador, por exemplo, para que desligue seu monitor quando estiver em espera.
Evite imprimir ou utilizar papel. Dê preferência ao e-mail e sempre que possível use papel reciclado.
Separe papéis e papelão para reciclagem quando for descartá-los.
Separe os materiais recicláveis, pois isso, alem de reduzir a exploração de matéria-prima bruta, dispensa os gastos de energia e combustíveis fósseis no processo de fabricação e transporte.
As árvores são importantes porque ajudam a absorver o CO2 da atmosfera, além de proporcionar sombra e amenizar a temperatura. Se plantadas perto de residências, por exemplo, elas ajudam a controlar o calor, que reduz o uso de condicionadores de ar ou ventiladores. Portanto, plante árvores!
Fonte: Terra
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Vazamento no golfo do México é de até 60 mil barris por dia, e não 35 mil.
Uma equipe de cientistas americanos elevou nesta terça-feira sua estimativa para o vazamento de petróleo do poço da British Petroleum no golfo do México. Os cientistas afirmaram que "provavelmente, a vazão de petróleo hoje" varie entre 35 e 60 mil barris por dia. Isso representa um aumento significativo em relação à estimativa anterior, de entre 20 e 40 mil barris por dia.
Em litros, representa entre 5,5 e 9,5 milhões de litros de petróleo vazando por dia no golfo do México, segundo os novos cálculos, e representa até 3,1 milhões de litros a mais do que calculava o governo norte-americano até agora.
Depois de uma reunião de cientistas independentes e do governo convocada pelos secretários de Energia, Steven Chu, e de Interior, Ken Salazar, os especialistas determinaram que "o fluxo mais provável" alcança entre 35 e 60 mil barris diários.
Até agora, os cientistas calculavam que o fluxo representava um volume de até 40 mil barris por dia (6,4 milhões de litros).
O "funil" de contenção colocado no final de maio sobre o poço pode capturar até 18 mil barris diários. Por isso, a BP (British Petroleum) instalará um segundo dispositivo do tipo, conhecido como Q4000, que poderia conter entre 20 e 28 mil barris.
No total, a estratégia de contenção que a BP desenvolveu, a pedido do governo americano, prevê expandir a capacidade de captura de petróleo para entre 40 e 53 mil barris diários no final deste mês e de 60 a 80 mil barris até meados de julho.
Os cientistas levaram em conta as análises de uma série de vídeos de alta resolução, tecnologias acústicas e o volume recolhido no navio petroleiro que recebe o óleo.
A BP se viu obrigada a suspender hoje durante cinco horas as tarefas de transposição devido a um pequeno incêndio no navio de armazenamento.
O vazamento de petróleo no golfo do México, a catástrofe ecológica mais grave da história dos EUA, começou por causa da explosão e conseguinte afundamento no mar da plataforma "Deepwater Horizon", administrada pela BP, em abril. O incidente deixou 11 mortos.
Em litros, representa entre 5,5 e 9,5 milhões de litros de petróleo vazando por dia no golfo do México, segundo os novos cálculos, e representa até 3,1 milhões de litros a mais do que calculava o governo norte-americano até agora.
Depois de uma reunião de cientistas independentes e do governo convocada pelos secretários de Energia, Steven Chu, e de Interior, Ken Salazar, os especialistas determinaram que "o fluxo mais provável" alcança entre 35 e 60 mil barris diários.
Até agora, os cientistas calculavam que o fluxo representava um volume de até 40 mil barris por dia (6,4 milhões de litros).
O "funil" de contenção colocado no final de maio sobre o poço pode capturar até 18 mil barris diários. Por isso, a BP (British Petroleum) instalará um segundo dispositivo do tipo, conhecido como Q4000, que poderia conter entre 20 e 28 mil barris.
No total, a estratégia de contenção que a BP desenvolveu, a pedido do governo americano, prevê expandir a capacidade de captura de petróleo para entre 40 e 53 mil barris diários no final deste mês e de 60 a 80 mil barris até meados de julho.
Os cientistas levaram em conta as análises de uma série de vídeos de alta resolução, tecnologias acústicas e o volume recolhido no navio petroleiro que recebe o óleo.
A BP se viu obrigada a suspender hoje durante cinco horas as tarefas de transposição devido a um pequeno incêndio no navio de armazenamento.
O vazamento de petróleo no golfo do México, a catástrofe ecológica mais grave da história dos EUA, começou por causa da explosão e conseguinte afundamento no mar da plataforma "Deepwater Horizon", administrada pela BP, em abril. O incidente deixou 11 mortos.
Energias renováveis podem gerar crescimento económico.
Estudo mostra que investimentos na area impactam na economia mundial.
Estudo lançado no último dia 7 pelo Greenpeace, em parceria com o Conselho de Energia Renovável Europeu (Erec), mostrou que investimentos em energia eólica e solar, aliados a mudanças nos paradigmas de produção e consumo, reduzem a liberação de carbono e garantem um crescimento econômico em padrões mundiais.
Segundo a previsão da terceira edição do relatório Revolução Energética: Um Mundo de Energia Sustentável, até 2030 será possível cortar emissões de CO2 produzindo energia eficiente, limpa e segura. Além disso, o reflexo macroeconômico poderá ser visto na geração de 8,5 milhões de empregos em todo o planeta.
Ligada ao setor da indústria de renováveis, a pesquisa ainda prevê dois cenários energéticos diferentes, baseados no tipo de investimento e política pública para o setor. Um primeiro, mais moderado, analisa que o uso seis vezes maior de renováveis implicará em redução de 50% das emissões de carbono até 2050. O segundo cenário, mais avançado, presume cortes de emissão de até 80%.
Atualmente, as energias renováveis representam 13% da demanda mundial, enquanto 80% da produção ainda depende de combustíveis fósseis. De acordo com os pesquisadores, para inverter este valor até 2050, é preciso projetar o futuro a partir de fontes como biomassa, eólica e solar, além de investir em mudanças nos modelos de distribuição e consumo de energia, como redes de transporte mais eficientes e emprego de equipamentos modernos na produção. Segundo os resultados apresentados, se as conclusões do documento forem seguidas, até 2030 serão criados 12 milhões de empregos -- 8,5 milhões apenas no setor de renováveis. O número seria 33% maior do que o gerado caso se mantenha o investimento somente em combustíveis fósseis.
Além de compensar a demanda maior vinda de países em desenvolvimento, o estudo garante que a quantidade de energia. poupada graças a investimentos bem feitos pode significar a possibilidade de acesso à energia para 2 bilhões de pessoas que ainda vivem em áreas remotas, alijadas da rede de distribuição mundial.
Casa Sustentável, é viável?
Arquiteta Juliana Boer dá dicas para casa sustentável
A benefícios para o planeta somam-se os ganhos no bolso do consumidor
Transforme sua casa em um espaço ecologicamente correto. Algumas mudanças nem implicam em obras, basta economizar principalmente nas contas de água e de energia. As dicas são de Juliana Boer, 34 anos, responsável, junto com sua sócia Maira del Nero, pelo escritório de arquitetura sustentável Cria Arquitetura. Confira a entrevista:
- O que é arquitetura sustentável?
A arquitetura sustentável é aquela que leva em consideração os impactos ambientais gerados por uma obra durante a época de construção, durante o uso da edificação e, inclusive, considerando depois a possibilidade de desmontá-lo.
- Quais os grandes benefícios de uma construção dentro dos padrões de sustentabilidade?
Uma construção mais sustentável e liberal vai ter parâmetros mais eficientes. Logo, os custos de operação são mais baixos. Gasta-se menos energia, menos água e tudo mais. Adicionalmente, você tem ambientes mais saudáveis já que sustentabilidade implica em materiais mais adequados à saúde. Outra questão: há um benefício público já que você aproveita melhor a infra-estrutura oferecida pela cidade.
- Quais as diferenças entre material ecologicamente correta e o convencional?
Para material ecologicamente correto leva-se em conta se a matéria-prima é reciclada, renovável, se o material tem alto consumo de energia ou não na construção. Outras questões são se emite algum poluente e se gera resido ou é biodegradável.
- Há medidas simples que podem ser implementadas em nossas casas sem que seja necessária uma obra?
Há várias que não implicam na construção. São as clássicas economias de água, de energia. Isso já impacta positivamente naquilo de consideramos sustentabilidade da construção. Fora isso, tem as questões bem básicas como utilizar luminárias com lâmpadas mais eficientes, pintar a casa de branco, usar sistemas economizadores de torneira com temporização ou areador. São coisas que não implicam em reforma e são fáceis de fazer.
- Ao elaborar um projeto, o que deve ser levado em conta?
Primeiro minimizar o consumo de energia através de várias maneiras. Entre elas, usar formas alternativas e produtos com gastos mais eficientes. Depois, minimizar igualmente o consumo de água com seu uso racional e procurando fontes alternativas como a chuva. Deve ser levado em conta também as especificações de materiais mais adequados e sustentáveis. Claro, sem esquecer o conforto. Alguns arquitetos usam sistemas passivos. São soluções da arquitetura para demandas específicas sem que aja um equipamento específico. Por exemplo, colocar janelas em determinados locais para melhorar a iluminação ou a demanda de ventilação.
- É mais caro ser eco-sustentável?
As tecnologias utilizadas pela arquitetura sustentável por serem sofisticadas não são mais baratas que as convencionais. Mas, em geral, como há um ganho de eficiência e desempenho, os custos serão menores na operação do edifício. Na verdade, ser mais caro ou ser mais baratos não tem nada a ver com sustentável e sim com o projeto. Por exemplo, no uso de tijolo alternativo, a unidade é mais cara. Mas, como é usado de forma mais inteligente e racional, sem gastos exagerados, no fim, a obra acaba ficando mais em conta do que se fosse usado tijolo tradicional.
- O uso de matéria-prima ecologicamente correta compromete o design?
De forma alguma. É uma discussão que já houve e acho estar superada. Minha sócia foi à feira de Milão, onde havia várias estantes com o melhor do design. Todas super sustentáveis. Design é uma questão de criação, o material é apenas a base. Essa idéia de casa sustentável igual à casa de pescador acabou. Hoje, da junção de borracha, alumínio, milho, vidro e pó de pedra gera-se produtos altamente sustentáveis e high-tech.
- Qual o cômodo da casa mais prejudicial ao meio ambiente? O que pode ser feito para melhorá-lo?
O banheiro é o grande violão por juntar vários outros violões em seu funcionamento. Se você não tem o chuveiro elétrico ou usa com aquecimento solar de maneira errada, você vai deixar horas até a água esquentar. Há também a questão do esgoto não ser necessariamente tratado. A dica é usar equipamentos economizadores no chuveiro e na torneira, além de colocar válvula dupla na bacia sanitária. O esgoto também pode ser tratado e aproveite para reutilizar água de chuva na bacia sanitária.
- O Brasil está pronto para receber esses projetos ou ainda esbarra em problemas de consciência, legislação e matéria-prima?
O consumidor está pronto e aberto, mas temos problemas de legislação e da falta de dados no país. Tudo que é bom as pessoas aprendem a consumir rápido, mas o problema passa por legislações mais lentas que as tecnologias. Às vezes temos conhecimentos, mas as leis antigas inviabilização seu uso.
Fonte: Terra
terça-feira, 11 de maio de 2010
Relator vê "lacunas" em nova política de manejo de lixo
O relator do projeto que cria a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), senador César Borges (PR-BA), afirmou nesta quarta-feira, em audiência pública, que compartilha com o setor empresarial a preocupação sobre a viabilidade da implementação das medidas e a ausência de incentivos econômicos na proposta.
Segundo o texto, aprovado pelos deputados e em análise no Senado, a responsabilidade sobre a destinação do lixo, que hoje pesa exclusivamente sobre os municípios, passará a ser dividida com as empresas. Baterias, pilhas, pneus, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos, por exemplo, terão logística reversa (retorno de produtos passíveis de reaproveitamento a quem os fabrica).
"O projeto representa um avanço, pois oferece um marco regulatório para essa área, mas possui lacunas. Faltou especificar o que cabe a cada um", afirmou Borges, que relata a proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Com a nova lei, envolvidos na cadeia de comercialização de um produto (desde a indústria até as lojas) terão que chegar a um consenso sobre a responsabilidade de cada parte. Os setores terão até o final de 2011 para apresentarem suas propostas de acordo. Quem perder o prazo ficará sujeito à regulamentação do governo federal.
Para o senador, boa parte da responsabilidade quanto à execução da política vai recair sobre os municípios, que "não têm recursos suficientes para essa tarefa". Ele sugeriu que um novo projeto ou medida provisória discrimine a verba que será destinada para as prefeituras.
O relator também disse ver falta de previsão de incentivos para estimular a indústria da reciclagem, já que a PNRS tem como meta priorizar a participação dos catadores no ciclo de coleta.
Segundo o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), há cerca de 1 milhão de catadores no país. A renda mensal desses trabalhadores varia de 1 a 1,5 salário mínimo, dependendo da região.
"Não há incentivos. Que seriam uma sinalização clara do governo de apoio à política. É preciso fazer a desoneração do setor de reciclagem. Tem que haver política pública", disse Borges.
A diretora-executiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), Luciana Pellegrino, disse à Folha que também falta na PNRS incentivo para o setor produtivo. O trecho do projeto que tratava das alíquotas de incentivo fiscal foi retirado para que a discussão avançasse. Não havia consenso sobre valores, segundo o secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério da Costa.
"Acredito que esses incentivos terão que ser resgatados para que haja reconhecimento e fortalecimento de empresas que já estão investindo em sustentabilidade", afirmou Pellegrino.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o "texto que veio para o Senado é muito bom. Sintetiza todo o debate e todo o consenso construído na Câmara".
Aprovado pelos deputados em março, o projeto da PNRS terá tramitação simplificada no Senado para permitir a sanção de Lula em junho. A proposta original, de 1991, recebeu uma série de mudanças para chegar ao texto atual, que somente pode ter partes suprimidas, mas não alteradas, pelos senadores.
Fonte: Folha Online
Não engane a Mãe Natureza
Existe apenas uma resposta significativa ao horrível derramamento de petróleo no Golfo do México, e é os Estados Unidos pararem de embromar quando se trata de definir o futuro de sua energia e do meio ambiente. A única resposta significativa a esse desastre provocado pelo homem é um projeto de energia feito pelo homem que finalmente estabeleça uma infraestrutura de energia limpa para colocar o país em um caminho real e de longo prazo no sentido de acabar com nosso vício ao petróleo.
Isso, obviamente, é a coisa certa para nosso meio ambiente, a coisa certa para nossa segurança nacional, a coisa certa para nossa segurança econômica e a coisa certa para promover a inovação. Mas significa que temos de parar de perder tempo com a panacéia estúpida do "perfure, baby, perfure" (mote dos políticos republicanos), com os shows musicais água com açúcar do Dia da Terra e com a idéia paralisante de que o povo americano não está preparado para fazer nada sério para mudar nossa matriz energética.
Esse derramamento de petróleo é para o meio ambiente o que a bagunça das hipotecas "subprime" (de alto risco de inadimplência) foi para os mercados - ambos uma advertência e uma oportunidade de galvanizar o eleitorado para uma mudança radical que se sobreponha aos poderosos lobbies e interesses adquiridos que querem nos manter viciados no petróleo.
Se nos contentarmos com apenas um resposta gradativa para essa crise - um "ei, isso é a nossa democracia. O que mais vocês podem esperar?" -, iremos lamentar. Você não pode enganar a Mãe Natureza. Ela sabe quando estamos apenas enrolando. A Mãe Natureza opera conforme suas próprias "leis de ferro". E, se as violarmos, não haverá lobby ou grande doador para nos livrar do problema. O que passar terá passado. O que for destruído estará destruído. O que for extinto estará extinto - e, mais tarde, quando finalmente estivermos dispostos a parar de enrolar, será tarde demais.
Fonte: New York Times
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Plástico capaz de conduzir energia dá novo alento a painéis solares
O custo de produção de painéis solares pode cair com uma nova técnica de fabricação de plásticos condutores de eletricidade desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Princeton. "Os polímeros condutores (plásticos) estão por aí há bastante tempo, mas processá-los para fabricar alguma coisa útil degradava sua capacidade de conduzir eletricidade. Nós descobrimos como evitar esse inconveniente. Podemos moldar o plástico em formas úteis, mantendo sua alta condutividade ," afirma Yueh-Lin Loo, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que faz parte do grupo internacional de pesquisadores que estuda o assunto.
Com a descoberta, a eletrônica orgânica torna-se mais promissora para a produção de novos dispositivos e para o desenvolvimento de novas formas de produção dos já existentes. Ela resolve o problema da perda de condutividade que ocorria no momento do molde dos plásticos à base de carbono – por isso o termo orgânico. Os plásticos translúcidos, maleáveis e capazes de conduzir eletricidade representam uma alternativa de baixo custo ao óxido de índio-estanho, material caro usado em painéis solares.
Os pesquisadores desenvolveram uma maneira de manter a condutividade do material depois de moldado. Eles construíram um transistor de plástico, o componente fundamental da eletrônica, usado para amplificar os sinais eletrônicos. Os eletrodos do transistor foram depositados sobre a superfície de silício por uma técnica de impressão, de forma similar à que uma impressora jato-de-tinta utiliza para depositar a tinta sobre o papel - com a diferença de que a "tinta" é o polímero condutor de eletricidade.
Hoje, a eletricidade gerada pelas células solares plásticas, ou orgânicas, é coletada por um fio metálico transparente, feito com óxido de índio-estanho. "É possível distribuir plásticos condutores em cartuchos, como se vende hoje tinta da impressora, e você não precisa de máquinas exóticas para imprimir os padrões," disse Loo, ressaltando que isso torna o processo de fabricação em série de circuitos eletrônicos tão rápido e barato quanto imprimir um jornal. Com isso, seria possível reduzir significativamente os custos das células solares pela fabricação em rolos e em rápido processo e pela substituição do óxido de índio-estanho por plástico de custo muito menor.
"Para reduzir os custos das células solares orgânicas, temos de encontrar um substituto para o óxido índio-estanho. Nossos plásticos condutores deixam a luz solar passar, tornando-se uma alternativa viável", diz Loo.
Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br
Com a descoberta, a eletrônica orgânica torna-se mais promissora para a produção de novos dispositivos e para o desenvolvimento de novas formas de produção dos já existentes. Ela resolve o problema da perda de condutividade que ocorria no momento do molde dos plásticos à base de carbono – por isso o termo orgânico. Os plásticos translúcidos, maleáveis e capazes de conduzir eletricidade representam uma alternativa de baixo custo ao óxido de índio-estanho, material caro usado em painéis solares.
Os pesquisadores desenvolveram uma maneira de manter a condutividade do material depois de moldado. Eles construíram um transistor de plástico, o componente fundamental da eletrônica, usado para amplificar os sinais eletrônicos. Os eletrodos do transistor foram depositados sobre a superfície de silício por uma técnica de impressão, de forma similar à que uma impressora jato-de-tinta utiliza para depositar a tinta sobre o papel - com a diferença de que a "tinta" é o polímero condutor de eletricidade.
Hoje, a eletricidade gerada pelas células solares plásticas, ou orgânicas, é coletada por um fio metálico transparente, feito com óxido de índio-estanho. "É possível distribuir plásticos condutores em cartuchos, como se vende hoje tinta da impressora, e você não precisa de máquinas exóticas para imprimir os padrões," disse Loo, ressaltando que isso torna o processo de fabricação em série de circuitos eletrônicos tão rápido e barato quanto imprimir um jornal. Com isso, seria possível reduzir significativamente os custos das células solares pela fabricação em rolos e em rápido processo e pela substituição do óxido de índio-estanho por plástico de custo muito menor.
"Para reduzir os custos das células solares orgânicas, temos de encontrar um substituto para o óxido índio-estanho. Nossos plásticos condutores deixam a luz solar passar, tornando-se uma alternativa viável", diz Loo.
Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br
Para ambientalistas, avaliação do Código Florestal deve ser deixada para 2011
A bancada ambientalista e organizações não-governamentais querem que possíveis mudanças no Código Florestal sejam discutidas no ano que vem, após as eleições. O ponto de vista não é compartilhado pelo relator da comissão especial da Câmara que avalia as alterações, deputado Aldo Rebelo. Para ele, o assunto deve estar concluído até outubro.
O relatório de Rebelo deve ser apresentado neste mês. “Os ambientalistas têm todo o tempo do mundo, os produtores rurais não. Eles têm uma safra todo ano para colher. A safra dos produtores rurais não depende da ajuda dos governos europeus, depende do trabalho deles, ao contrário dos ambientalistas”, diz.
Os grupos e políticos ambientalistas temem que a mudança na legislação ambiental em época de eleições seja usada como moeda de troca por parlamentares ligados ao agronegócio para garantir apoio em suas bases. “A bancada ruralista permeia toda a base aliada e tem enorme poder de fogo”, diz o deputado Ivan Valente.
Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br
O relatório de Rebelo deve ser apresentado neste mês. “Os ambientalistas têm todo o tempo do mundo, os produtores rurais não. Eles têm uma safra todo ano para colher. A safra dos produtores rurais não depende da ajuda dos governos europeus, depende do trabalho deles, ao contrário dos ambientalistas”, diz.
Os grupos e políticos ambientalistas temem que a mudança na legislação ambiental em época de eleições seja usada como moeda de troca por parlamentares ligados ao agronegócio para garantir apoio em suas bases. “A bancada ruralista permeia toda a base aliada e tem enorme poder de fogo”, diz o deputado Ivan Valente.
Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Deputado relator defende mudanças no Código Florestal; ruralistas aplaudem.
Aplaudido por ruralistas, o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) disse nesta quarta-feira (3) numa audiência pública em Ribeirão Preto para debater o Código Florestal que alguns membros do Ministério Público agem como "braços jurídicos das ONGs" ambientalistas.
Ele é relator da comissão especial da Câmara para dar parecer ao projeto de lei nº 1.876, de 1999, que propõe alterações na lei de proteção às florestas, em vigor desde 1965.
O deputado Aldo Rebelo (PC do B - SP, de pé), em Ribeirão Preto; ele acusa procuradores como "braços de ONGs" ambientais
Ele defende a revisão do código, argumentando que, do jeito que está, a lei prejudica o agronegócio e a economia do país.
Em discurso, Rebelo afirmou que as "mudanças que venham a ser introduzidas serão promovidas com equilíbrio, temperança e moderação".
Reserva legal
O principal ponto de divergência entre ruralistas e ambientalistas é a chamada reserva legal, a porção das propriedades rurais que deve ser mantida como vegetação nativa.
Segundo a lei atual, áreas na mata atlântica devem ter pelo menos 20% de reserva legal. No cerrado, esse percentual sobe para 35% e, na Amazônia, para 80%.
Os produtores rurais, representados, entre outras entidades, pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), defendem a flexibilização da reserva.
Sua proposta tornaria possível, por exemplo, que produtores rurais de São Paulo adotassem medidas de compensação ambiental em outros Estados.
"Da forma como está [o Código Florestal], são mais de 3 milhões de hectares em que São Paulo deixaria de produzir", disse o secretário de Estado da Agricultura, João Sampaio.
A promotora Cristina de Araújo Freitas, do Ministério Público Estadual, criticou a proposta e foi vaiada.
Segundo Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão, a ideia é que o relatório final com o parecer sobre o projeto fique pronto até o final deste mês e passe na Câmara e no Senado até o fim de abril.
Defesa das ONGs
Em outubro, uma coalisão de 15 ONGs ambientais, entre elas SOS Mata Atlântica, WWF e Greenpeace, enviaram comunicado conjunto contra as propostas de revogação da legislação ambiental brasileira em tramitação no Congresso.
O comunicado alertava sobre o risco de "revogação ou modificação das principais leis ambientais brasileiras", como o Código Florestal brasileiro, a Lei de Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei de Crimes e Infrações contra o Meio Ambiente e a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
"As organizações abaixo assinadas alertam a sociedade brasileira para a gravidade da proposta da bancada ruralista no Congresso Nacional (PLs 1876/99 e 5367/09) que tramita em comissão especial formada por maioria de parlamentares ligados ao agronegócio", diziam as ONGs.
Elas alegavam que "os principais instrumentos de gestão ambiental em vigor como a criação de unidades de conservação, as reservas florestais legais, as áreas de preservação permanente, o licenciamento ambiental e o Conselho Nacional de Meio Ambiente poderão ser revogados ou enfraquecidos para atender exclusivamente por encomenda setorial dos ruralistas".
Fonte da Folha de S. Paulo, em Ribeirão Preto
Assinar:
Postagens (Atom)