quarta-feira, 16 de junho de 2010

Energias renováveis podem gerar crescimento económico.



Estudo mostra que investimentos na area impactam na economia mundial.

Estudo lançado no último dia 7 pelo Greenpeace, em parceria com o Conselho de Energia Renovável Europeu (Erec), mostrou que investimentos em energia eólica e solar, aliados a mudanças nos paradigmas de produção e consumo, reduzem a liberação de carbono e garantem um crescimento econômico em padrões mundiais.

Segundo a previsão da terceira edição do relatório Revolução Energética: Um Mundo de Energia Sustentável, até 2030 será possível cortar emissões de CO2 produzindo energia eficiente, limpa e segura. Além disso, o reflexo macroeconômico poderá ser visto na geração de 8,5 milhões de empregos em todo o planeta.

Ligada ao setor da indústria de renováveis, a pesquisa ainda prevê dois cenários energéticos diferentes, baseados no tipo de investimento e política pública para o setor. Um primeiro, mais moderado, analisa que o uso seis vezes maior de renováveis implicará em redução de 50% das emissões de carbono até 2050. O segundo cenário, mais avançado, presume cortes de emissão de até 80%.

Atualmente, as energias renováveis representam 13% da demanda mundial, enquanto 80% da produção ainda depende de combustíveis fósseis. De acordo com os pesquisadores, para inverter este valor até 2050, é preciso projetar o futuro a partir de fontes como biomassa, eólica e solar, além de investir em mudanças nos modelos de distribuição e consumo de energia, como redes de transporte mais eficientes e emprego de equipamentos modernos na produção. 

Segundo os resultados apresentados, se as conclusões do documento forem seguidas, até 2030 serão criados 12 milhões de empregos -- 8,5 milhões apenas no setor de renováveis. O número seria 33% maior do que o gerado caso se mantenha o investimento somente em combustíveis fósseis.



Além de compensar a demanda maior vinda de países em desenvolvimento, o estudo garante que a quantidade de energia. poupada graças a investimentos bem feitos pode significar a possibilidade de acesso à energia para 2 bilhões de pessoas que ainda vivem em áreas remotas, alijadas da rede de distribuição mundial.

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