quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vazamento no golfo do México é de até 60 mil barris por dia, e não 35 mil.

Uma equipe de cientistas americanos elevou nesta terça-feira sua estimativa para o vazamento de petróleo do poço da British Petroleum no golfo do México. Os cientistas afirmaram que "provavelmente, a vazão de petróleo hoje" varie entre 35 e 60 mil barris por dia. Isso representa um aumento significativo em relação à estimativa anterior, de entre 20 e 40 mil barris por dia.

Em litros, representa entre 5,5 e 9,5 milhões de litros de petróleo vazando por dia no golfo do México, segundo os novos cálculos, e representa até 3,1 milhões de litros a mais do que calculava o governo norte-americano até agora.

Depois de uma reunião de cientistas independentes e do governo convocada pelos secretários de Energia, Steven Chu, e de Interior, Ken Salazar, os especialistas determinaram que "o fluxo mais provável" alcança entre 35 e 60 mil barris diários.

Até agora, os cientistas calculavam que o fluxo representava um volume de até 40 mil barris por dia (6,4 milhões de litros).

O "funil" de contenção colocado no final de maio sobre o poço pode capturar até 18 mil barris diários. Por isso, a BP (British Petroleum) instalará um segundo dispositivo do tipo, conhecido como Q4000, que poderia conter entre 20 e 28 mil barris.

No total, a estratégia de contenção que a BP desenvolveu, a pedido do governo americano, prevê expandir a capacidade de captura de petróleo para entre 40 e 53 mil barris diários no final deste mês e de 60 a 80 mil barris até meados de julho.

Os cientistas levaram em conta as análises de uma série de vídeos de alta resolução, tecnologias acústicas e o volume recolhido no navio petroleiro que recebe o óleo.

A BP se viu obrigada a suspender hoje durante cinco horas as tarefas de transposição devido a um pequeno incêndio no navio de armazenamento.

O vazamento de petróleo no golfo do México, a catástrofe ecológica mais grave da história dos EUA, começou por causa da explosão e conseguinte afundamento no mar da plataforma "Deepwater Horizon", administrada pela BP, em abril. O incidente deixou 11 mortos.

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