sexta-feira, 20 de novembro de 2009

1ª Pré-conferência Tema: Sustentabilidade

1ª Pré-conferência
Tema: Sustentabilidade
Data: 26-11-2009
Local: Auditório da UNIP- Alphaville
Av. Yojiro Takaoka, 3500
Horário: 8h00 ás 17h00


Programa:

8h00 – Inscrições / Welcome coffee

8h30 - Abertura:

Silvinho Peccioli, Prefeito.
Roberto Ignátios – Secretaria de Planejamento e Receita
Vereador Regis Salles- PMDB-SP, Presidente da Câmara Municipal.
Vereadora Maria Helena – DEM-SP, Proponente da conferência.
Diretor Unip Alphaville
Laercio Braga – Jornalista Ambientalista, Idealizador da conferência.


9h00 - Construção Civil Sustentável – Wilson Honda
Gênesis Takaoka

“Em um futuro que não está muito distante, a construção civil, como a conhecemos, deixará de existir. Além de sofrer mudanças conceituais, ela tenderá a passar também por uma transformação de nomenclatura. Será definida como construção civil sustentável e estará voltada para a redução do impacto ambiental.

9h40 - Economia e Sustentabilidade – Sandra Liliana Guerrero Suares
Economista, Msc Economia Ambiental.

“Será necessária uma macroeconomia para sustentabilidade que, além de reconhecer os sérios limites naturais à expansão das atividades econômicas, rompa com a lógica social do consumismo.” Em termos teóricos, esse parece ser o desafio maior a ser enfrentado pela economia e pela sociedade na entrada desse novo século para encontrar alternativas à crise civilizacional com a qual nos defrontamos.


10h20 - Educação para sustentabilidade – Julia de Lima Krahenbuhl Coordenadoria de Educação Ambiental da SMA.

“Todos os seres do nosso planeta fazem parte de uma grande família”. Sendo todos nós integrantes desta grande casa, dependemos uns dos outros em diversos aspectos. No entanto, essa interdependência não é explicitada no mundo moderno, nos dando a falsa impressão de que somos totalmente independentes. Isso nos afasta de orientações para a construção de uma sociedade justa, pacífica e sustentável.


11h00
- Compras públicas sustentáveis – Paula Gabriela Freitas
ICLEI

Compras públicas sustentáveis busca integrar critérios ambientais, sociais e econômicos a todos os estágios do processo de licitação. Uma compra é sustentável quando o comprador considera a necessidade real de efetuar a compra, as circunstâncias em que o produto visado foi gerado, levando em conta os materiais e as condições de trabalho de quem o gerou, e uma avaliação de como o produto se comportará em sua vida útil e a sua disposição final.


11h40 - Saúde integral e a sustentabilidade – Dr. Tales Garcia
Secretário Municipal de Saúde

“A Saúde Integral se faz necessária para que o homem passe a ser instrumentalizado afim de que ele assuma a responsabilidade pela sua própria saúde. A Saúde Integral deve ter seu foco no eixo da integralidade da saúde e do ser humano objetivando-se, dessa forma, ações de prevenção e promoção da saúde. Pensar em promoção de saúde é assumir o papel de educador do usuário dos serviços de saúde, instrumentalizando-os para exercerem sua cidadania de forma plena. Desta forma, o homem poderá, futuramente, exercer um papel ativo na sociedade e atuar para um mundo sustentável.”

12h20 – Debate

13h00 - Almoço

14h00 - Oficinas de políticas e planos de sustentabilidade

1. Construção civil sustentável
2. Economia e Sustentabilidade
3. Educação para sustentabilidade
4. Compras sustentáveis
5. Saúde integral e sustentabilidade

15h30 - Coffee Break

16h30 - Consolidação das propostas

17h00 - Encerramento

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Anfitrião de Copenhague e EUA já falam em adiar acordo sobre clima


O primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, do país que sediará a cúpula de dezembro, em Copenhague, propôs neste domingo (15) adiar decisões legais e definitivas para reunião posterior.

De acordo com o plano de Rasmussen, que foi bem recebido pelo público de 19 dos 21 dirigentes de países da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), incluindo EUA, apenas um acordo político deverá acontecer nas negociações de 7 a 18 de dezembro.

Os compromissos específicos, como os números sobre a redução de emissões de poluentes, seriam deixados para outra cúpula. O dinamarquês definiu sua proposta como "um acordo em dois passos".

Os líderes consideram que "é pouco realista esperar que daqui ao começo de Copenhague, em 22 dias, se possa conseguir um acordo internacional legalmente vinculativo", explicou um dos assessores de economia dos EUA, Michael Froman.

O presidente norte-americano Barack Obama falou em apoio da proposta do primeiro-ministro, indicou o alto funcionário da Casa Branca, afirmando que Obama pediu aos outros líderes para "não deixar que o perfeito seja inimigo do bom".

Brasil e França

O anúncio do plano de adiamento foi feito um dia depois que Brasil e França cobraram EUA e China por esforços para Copenhague, e dois dias depois que o Brasil anunciou sua meta oficial e voluntária de corte de emissões de gás-estufa, de até 38,9%, o que frustra o impulso brasileiro.

"Não exigimos o impossível, temos que fazer o razoável", disse Lula. "Não podemos permitir que Obama e Hu Jintao [presidente da China] fechem acordo tomando como base apenas a realidade econômica de seus países, sem levar em conta suas responsabilidades. O mundo é multipolar", disse o presidente.

Lula afirmou até que telefonaria para o presidente dos EUA, Barack Obama, para debater o tema.

Impasses

As negociações andam atoladas em impasses, com os países em desenvolvimento acusando o mundo rico de não fixar para si metas suficientemente altas de redução das emissões de gases estufa até 2020.

"Em vista do fator tempo e da situação dos países individualmente, precisamos, nas próximas semanas, focar o que é possível e não deixar nossa atenção ser desviada para o que não é possível," disse aos líderes o primeiro-ministro dinamarquês.

Não ficou claro se a China, hoje o maior emissor de carbono do mundo, aderiu à proposta apresentada em Cingapura. Na reunião durante o café da manhã, o presidente chinês Hu Jintao falou sobre a necessidade de se criar um mecanismo de financiamento para os países ricos darem apoio financeiro aos países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas.

"Acreditamos que é melhor contar com algo bom que não contar com nada," disse o chanceler chileno Mariano Fernandez.

Suas declarações ganharam também o respaldo do presidente mexicano Felipe Calderon, que disse que, se for possível chegar a um acordo em Copenhague sobre um mecanismo de financiamento global, será "muito mais fácil acordar medidas claras e pragmáticas".

Como a primeira fase do Protocolo de Kyoto termina em 2012, as negociações entre 7 e 18 de dezembro, em Copenhague, são vistas como a última chance para todos os países concordarem em medidas difíceis mas necessárias para desacelerar o aquecimento global.

Os membros da Apec são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Hong Kong, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Singapura, Taiwan, Tailândia, Estados Unidos e Vietnã.

Fonte: Folha online

Conheça pontos da proposta de Brasil e França para Copenhague


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o colega francês, Nicolas Sarkozy, anunciaram neste sábado, em visita do brasileiro a Paris, que levarão uma proposta comum para a Conferência de Copenhague sobre o clima, no mês que vem.

Leia abaixo os principais pontos do documento:

- Países industrializados devem definir estratégias consistentes com a meta de reduzir suas emissões em ao menos 80% em relação aos seus níveis de 1990, até 2050;
- Países de fora do chamado anexo 1 (países industrializados) devem buscar crescimento de baixa emissão de carbono implementando "ações nacionais apropriadas de alívio" com apoio financeiro de países mais ricos;
- Países em desenvolvimento também devem reduzir o índice de elevação de suas emissões de gases causadores do efeito estufa;
- Países em desenvolvimento ameaçados pelos efeitos da mudança climática, particularmente países pobres e vulneráveis da África, devem receber ajuda financeira "significativa";
- Cooperação crescente na pesquisa e tecnologia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento;
- Esforços crescentes para cortar emissões do desmatamento, em países em desenvolvimento.
- Uma organização internacional de ambiente e desenvolvimento sustentável deve ser criada.

fonte: Folha online

sábado, 14 de novembro de 2009

Proposta brasileira vai ajudar acordo global, afirmam ONGs


Segundo a ONG ambientalista WWF, a proposta brasileira de redução de emissões é "um gesto político importante". "Vai na direção correta e pode trazer um novo ânimo para Copenhague", avalia Carlos Rittl, coordenador do programa de mudanças climáticas da entidade.

Rittl, no entanto, diz que é preciso saber como a meta será alcançada, listando os esforços de cada setor da economia num plano de ação. Para ele, o fato de o governo voltar atrás na decisão de só anunciar seus compromissos na Dinamarca é também importante.

"Havia uma demanda grande, o mundo estava pedindo uma demonstração de liderança", diz o ambientalista.


Segundo o Greenpeace, a adoção de uma meta para o Brasil quebrou um tabu. "Há dois anos, se você dissesse a palavra meta, o pessoal [do governo] queria tirar seu passaporte e te deportar", disse o coordenador de mudança climática da ONG, João Talocchi. "É uma mudança que pode ajudar nas negociações em Copenhague."

O ambientalista, porém, diz que o Greenpeace vai cobrar agora que a meta seja incluída no novo acordo. "Esses números precisam estar no documento que vai ser assinado lá", afirma Talocchi.

Fonte: Folha de S. Paulo

Brasil estabelece meta de redução de gases entre 36,1% e 38,9%

A 24 dias da conferência que definirá os fundamentos das reduções nas emissões de gases, os ministros Carlos Minc (Meio Ambiente) e Dilma Roussef (Casa Civil) anunciaram oficialmente o corte entre 36,1% e 38,9% no dióxido de carbono emitido pelo Brasil até 2020.

A meta foi definida como uma "ação voluntária do governo" pela ministra Dilma. O valor não foi cravado em um índice definitivo para dar flexibilidade aos segmentos da sociedade, da ciência, da agropecuária e das indústrias siderúrgica e energética, nas palavras do ministro Minc. O país é o quinto maior poluidor do planeta.

Embora estivesse na reunião precedente --que durou 1h45--, o presidente Lula não participou do anúncio oficial, ocorrido em entrevista coletiva em São Paulo. Lula discute amanhã a proposta brasileira para Copenhague em Paris, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Os ministros também não confirmaram a participação do presidente em Copenhague --permanece, assim, a versão condicionada ao "quorum" de líderes.

Desta forma, fica estabelecida a meta que será levada à Copenhague, cujo início está marcado para o dia 7 de dezembro. Denominada COP-15, a conferência deve estabelecer novas metas que substituam o Protocolo de Kyoto (1997), que determinava a redução de emissões de gases em 8% com base no ano de 1990.

"Estamos assumindo um intervalo de avaliação [com a meta]. Nosso objetivo é assumir uma posição política, de que o Brasil tem compromisso com desenvolvimento sustentável e a preocupação com a emissão de gases-estufa. Repito: É uma ação voluntária do governo", frisou a ministra Dilma.

Métodos e financiamento

O governo afirma que vai cooptar 6% do lucro do petróleo a partir de um fundo, já aprovado no Senado. "Seremos o único país em Copenhague com um fundo ambiental cuja origem é o combustível fóssil. Além do Fundo Amazônia, que destinará R$ 800 milhões ao ano para isso", afirmou Minc.

A ministra Dilma também lembrou que o BNDES já financia ações como o biocombustível etanol.

O plano governamental, intitulado "Ações para Mitigação de Emissões até 2020", se divide em quatro tópicos fundamentais: Uso da Terra (que compete à redução do desmatamento da Amazônia e do Cerrado, estabelecida em 80% e 40%, respectivamente); Agropecuária (recuperação de pastos, integração de lavouras, plantio direto, fixação biológica de nitrogênio); Energia (eficiência energética, aumento de uso dos biocombustíveis, expansão de oferta de energia por hidroelétricas e fontes alternativas); e Outros (siderurgia, a partir da substituição do carvão de desmate por carvão de reflorestamento).

De acordo com projeções anteriores do ministro Minc, metade do cumprimento da meta seria baseada na redução do desmatamento na Amazônia.

Na terça-feira (10), ele já havia declarado que a proposta brasileira seria cortar cerca de 40% do gás-estufa, confirmando afirmação anterior de Dilma, da segunda-feira (9).

Floresta amazônica na região do rio Negro; redução no desmate faz parte da meta
"Agora, vamos definir claramente o financiamento e as datas que essas ações serão feitas. [Serão] ações factíveis, daí a nossa preocupação com financiamento", afirmou Dilma.

"O presidente Lula determinou que haja planos estaduais, com a iniciativa privada e com a agropecuária", disse o ministro Minc, acerca do modo de operação do plano. "Os empresários vão ter que fazer esforço, porque se não fizerem, terão barreiras lá fora".

A adoção da meta posiciona o Brasil em um panorama ousado --enquanto China, Índia e os países ricos ainda discutem sobre o quanto deverão deixar de emitir, e se os respectivos presidentes participarão do COP-15. "O Brasil vai ser ambicioso em Copenhague", disse o assessor de assuntos ambientais do Itamaraty, Luiz Alberto Figueiredo.

Dilma também comentou a participação chinesa na redução das emissões. "É um esforço significativo, entre 16% e 17%, não muito além disso", afirmou.

Sem obrigação

"Não sejamos baluartistas: isso não vai resolver o problema. Um país em desenvolvimento, que não tem a obrigação de cumprir com as metas, dá ânimo ao cenário", disse o ministro Carlos Minc.

O anúncio do governo, entretanto, também vem no bojo do viés político: sob a possível candidatura presidencial nas eleições 2010, o governador de São Paulo José Serra sancionou a Política Estadual de Mudanças Climáticas no começo desta semana. A legislação prevê que haja corte de 20% nas emissões de São Paulo até 2020.

O austríaco Yvo de Boer, secretário geral da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Mudança Climática
Em março, Yvo de Boer, secretário-executivo da convenção do clima, apontou os quatro eixos cuja resposta deve ser dada em Copenhague.

São eles: a) a quantidade de gases que os países industrializados devem reduzir; b) quanto os maiores países em desenvolvimento, como China e Índia, devem reduzir; c) como será a ajuda financeira aos países em desenvolvimento quanto às reduções; e d) como esse dinheiro será angariado.

"Se Copenhague puder responder a esses quatro pontos, fico feliz", disse Boer

Fonte: MARINA LANG da Folha Online