quinta-feira, 28 de maio de 2015

São Paulo realizará 14ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas.



Há 14 anos acontece em São Paulo a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, que tem o objetivo de intermediar o diálogo entre cidadãos, instituições, iniciativa privada e governo, para aprofundar a discussão sobre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social, e propor políticas públicas e legislações de caráter mais objetivo e resolutivo. Esse evento é fruto da lei de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que é o proponente e o presidente da Conferência.

Evento gratuito que na primeira edição em 2002, reuniu 350 pessoas, 6 parceiros e em 2014 contou com mais de 3.000 participantes e 350 parceiros.

O Projeto Ambientando apoia este evento desde 2008.

"Água e Energia: crise e superação sustentável".

Com este tema, o evento será aberto por uma mesa diretora, onde autoridades de diversas áreas do governo estadual e municipal e entidades da sociedade civil irão expor ações focadas nas questões de sustentabilidade. A palestra magna, que será ministrada por Marina Silva, ambientalista e ex ministra do meio ambiente e os dois painéis contarão com a presença de especialistas da iniciativa privada, governo, universidade e terceiro setor.

O Brasil enfrenta crise hídrica e energética simultaneamente e com dimensões dramáticas. A escassez de chuvas sem precedentes no Centro-Sul, desde o verão 2013/14, ameaça o abastecimento de muitas cidades, incluindo o desta metrópole de 11 milhões de habitantes.

Por outro lado, 80% da matriz de eletricidade tem fonte hidráulica e o nível das represas vem caindo de forma acentuada. Assim este tema se impõe para esta 14ª Conferência, ainda mais considerando que a baixa pluviosidade tem entre suas causas principais as mudanças climáticas e o desmatamento da Amazônia. Estes desafios de enfrentamento da crise na perspectiva de curto prazo, mas também de longo prazo, serão abordados no evento em duas mesas com grandes especialistas.

"Desses eventos já saíram leis importantes para a cidade de São Paulo, como é o caso da Lei de Água de Reuso que já economizou bilhões de litros de água potável na cidade de São Paulo", comenta Gilberto Natalini, proponente do evento.

Cenário de iniciativas sustentáveis

Na área de exposição, o público terá oportunidade de conhecer diversos exemplos de projetos, produtos e serviços alinhados às questões de sustentabilidade, com o conceito de produzir mais e melhor com menos.

Programação:

08h30

Credenciamento

Café de boas vindas

Visita à área de exposição

09h00

Mesa de Abertura

Vereador Gilberto Natalini (PV)

Proponente e Presidente da Conferência P+L e Mudanças Climáticas

Autoridades convidadas

10h00

Palestra Magna - Os desafios para o desenvolvimento sustentável no Brasil

Marina Silva - Ambientalista e ex-Ministra do Meio Ambiente

Participação do Público

12h00

Brunch e Visita à área de exposição

13h00 - Mesa 1

Água: os desafios e aprendizados para preservação deste recurso natural

Discutindo-se soluções de curto e longo prazo na perspectiva do uso racional, reúso e proteção de mananciais

Participação do Público

15h00 - Mesa 2

Energia: fontes renováveis e a matriz energética brasileira

Tratando das oportunidades de desenvolver a eficiência energética e uma matriz limpa e renovável.

Participação do Público

16h30

Apresentação Carta Compromisso

Encerramento

Serviço:

14ª Conferência P+L e Mudanças Climáticas

Data: 22/09/2015

Horário: 8h30 às 17h00

Local: Sede da APCD- Rua Voluntários da Pátria, 547- Santana

Mais informações

Luciana Feldman

Assessora Parlamentar Vereador Gilberto Natalini

lucianafeldman@gmail.com

3396-4405/ www.natalini.com

Sandra Pegorelli

5031-2707- sandra@anggulo.com.br



terça-feira, 14 de abril de 2015

GVces e Página22 lançam o Guia de Inovação para Sustentabilidade em MPE

Resultado de imagem para inovação para sustentabilidade em MPE
No ecossistema da inovação, o dinamismo, a agilidade e a flexibilidade criam ambiente fértil para a busca das mais inventivas soluções. Natural que os micros e pequenos players, que reúnem essas características, se destaquem quando a proposta é encontrar saídas para novos e velhos problemas da humanidade, às voltas com o desafio de alcançar o bem-estar e a justiça social em um mundo de recursos finitos e desequilíbrios crescentes.

Mais ainda do que nas companhias de grande porte, em que estruturas e práticas estão consolidadas, nas micros e pequenas empresas residem oportunidades de promover a inovação em seu nascedouro, de forma inerente ao negócio. Com isso, a expectativa é de maior espaço para inovações de caráter disruptivo, que possam levar a transformações efetivas e com potencial de gerar escala.

A nova economia combina muito bem com o universo dos pequenos, que, por sua vez, têm muito a contribuir com os médios e grandes por meio das cadeias de valor. É o fortalecimento dessa teia e seus vários integrantes (veja gráfico na página ao lado) que o Guia de Inovação para Sustentabilidade em MPE almeja. Iniciativa do GVces e da Revista Página22, o Guia vai além de uma publicação: buscará promover também a interação entre os protagonistas da inovação para sustentabilidade, por meio de um ambiente colaborativo e propositivo.

A metodologia de avaliação e seleção das empresas candidatas a ingressar no Guia está sendo desenvolvida pelo GVces, e o processo de escolha contará com o apoio de um Comitê Seletor formado por especialistas. As empresas selecionadas, bem como os critérios e conceitos utilizados no processo, serão apresentadas na edição especial de novembro de Página22, número 101. A partir daí, estarão abertos os espaços de relacionamento e atividades, tanto presenciais como virtuais. O ciclo da iniciativa será anual. Para esquentar os debates nesse tema, publicaremos reportagens mensais sobre inovação, sempre identificadas com o selo Guia de Inovação para Sustentabilidade em MPE.

Esta é a primeira da série. – por Amália Safatle

Acompanhe o cronograma da iniciativa no site http://www.pagina22.com.br ou escreva para guiadeinovacao@pagina22.com.br. A chamada para identificar micros e pequenas empresas inovadoras que apresentam soluções aos desafios da sustentabilidade está prevista para o mês de maio.

Fonte: Revista Página 22 Número 94 Abril 2015

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Nó em pingo d'água.

POR FÁBIO DE CASTRO COLABOROU CAROL NUNES
Revista Página 22 - Edição 84 - FGV


 Para lidar com a atual crise – que pode estar apenas começando –, será preciso enfrentar a complexidade da governança do sistema, as limitações na capacidade de gestão e a dificuldade para implementar instrumentos de cobrança.

A história da disputa pelo acesso a recursos hídricos remonta aos primórdios da vida em sociedade. No início da Idade do Bronze, o acesso às águas foi um fator determinante para o florescimento das primeiras civilizações. Na Mesopotâmia – região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque – e no Egito, às margens do Rio Nilo, a disponibilidade de água possibilitou o surgimento das cidades, o desenvolvimento da agricultura, da pecuária e do comércio. Tal prosperidade veio acompanhada também dos primeiros conflitos pelo acesso à água.
A história da disputa pelo acesso a recursos hídricos remonta aos primórdios da vida em sociedade. No início da Idade do Bronze, o acesso às águas foi um fator determinante para o florescimento das primeiras civilizações. Na Mesopotâmia – região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque – e no Egito, às margens do Rio Nilo, a disponibilidade de água possibilitou o surgimento das cidades, o desenvolvimento da agricultura, da pecuária e do comércio. Tal prosperidade veio acompanhada também dos primeiros conflitos pelo acesso à água.

 Mais de 5 mil anos depois, em um planeta muito mais complexo, a água continua sendo um recurso estratégico, que gera cada vez mais conflitos e cuja gestão se tornou vital para a humanidade. De acordo com o relatório Gestão da Água sob Risco e Incerteza, publicado pela ONU em 2012, “a água é um recurso natural crítico, do qual dependem todas as atividades econômicas e ecossistemas. Sua gestão requer arranjos de governança apropriados que permitam tirar a discussão das margens do governo e levá-la para o centro da sociedade”.

 Essa governança, no entanto, não tem nada de trivial e continua sendo uma dor de cabeça global. A alta complexidade da gestão dos recursos hídricos combina-se com o crescimento populacional, o aumento da demanda associado às melhorias do padrão de vida das populações e fatores externos – como a mudança climática, a expansão agrícola e o desmatamento –, pressionando as reservas hídricas em nível local e regional.

 O Brasil não escapa desse contexto, e a face mais evidente das limitações na capacidade de gestão do sistema hídrico é a crise de abastecimento sem precedentes que castiga o maior centro econômico do País, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Com o verão mais seco desde 1984, o Sistema Cantareira [1] viu os níveis de seus reservatórios caírem para cerca de alarmantes 13% da capacidade (até o fechamento desta edição, no início de abril).

 O Cantareira,composto por seis barragens interligadas por um complicado sistema de túneis, canais e estação de bombeamento, é responsável por abastecer 14 milhões de pessoas, incluindo 45% da população da RMSP (parcela correspondente a cerca de 9 milhões de habitantes).

A fim de evitar o colapso, o governo paulista propôs uma polêmica obra emergencial de transposição das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. O projeto foi apresentado à presidente Dilma Rousseff. O governo fluminense, por sua vez, criticou duramente a proposição e também procurou a chefe do Executivo, afirmando que recorreria à Justiça caso o projeto fosse aprovado. O Ministério Público Estadual classificou a crise do Sistema Cantareira como “o maior conflito pela água no Brasil”.

 “No momento em que os governadores começam a recorrer ao governo Federal em uma competição pela água, já fica demonstrado que os problemas do acesso aos recursos hídricos não está sendo tratado no âmbito da gestão”, comenta a consultora especializada em serviços ambientais Marussia Whately, ex-coordenadora do Programa Mananciais do Instituto Socioambiental (ISA). “A situação do Sistema Cantareira é muito grave e trata-se claramente de um problema de gestão. Já se sabia há uma década que era preciso diminuir a dependência desse sistema e em 2009 um estudo apontou que ele tinha déficits importantes. Foi irresponsável ficar contando com as chuvas”, afirma Marussia.

 Mas, afinal, de quem é a responsabilidade? A incerteza sobre esse ponto revela que os problemas de gestão têm sua raiz na ausência de um arranjo adequado de governança (mais em entrevista com o ex-presidente da ANA José Machado). Na opinião de Marussia, a crise foi desencadeada por um evento climático extremo, que não foi previsto porque a Sabesp não fez um acompanhamento metodológico adequado. No entanto, não cabe à empresa de saneamento o papel de fazer essa gestão, já que se trata de uma companhia de economia mista que visa lucro.

 “A Sabesp tem se mostrado eficiente nos investimentos para redução de perdas e aumento da capacidade de abastecimento – porque isso dá lucro. Mas se trata de uma empresa que vende água e não faz sentido que ela convença seus consumidores a reduzir o consumo e o desperdício, o que é fundamental na gestão sustentável da água”, afirma a consultora.

 De acordo com Marussia, jamais poderia caber à Sabesp a decisão de fazer um racionamento, por exemplo. “A Sabesp jamais optará pelo racionamento, mesmo que todos os reservatórios estiverem secos. Temos uma agência reguladora, temos comitês de bacias hidrográficas. Como a decisão pode ser da Sabesp? Esse é o maior indício de desmantelamento do sistema e de uma governança precária”, disse Marussia.

 Para Glauco Kimura de Freitas, coordenador do Programa Água para a Vida do WWF-Brasil, a crise tem suas raízes em uma falta de planejamento no setor, fruto do pouco interesse do poder público. “Essa crise pode trazer uma grande oportunidade para os governos entenderem que água é diálogo”, afirmou. Segundo Freitas, os recursos hídricos nunca fazem parte da agenda prioritária dos governos, e a agenda de água fica sempre na vista mais baixa dos tomadores de decisão.

 “Vivemos numa cultura da abundância de recursos naturais, de água. Então o Brasil jura que nunca vai faltar água. Mas a questão não é tão imediata, falta planejamento no setor, ela tem de subir na barra de prioridades.”

 A água, elemento transversal por natureza, deve estar incorporada em todos os instrumentos territoriais, de acordo com Freitas. O problema, mais uma vez, recai na questão da governança.

 “Não se integram os planos de geração de energia, de ordenamento territorial do município, de desenvolvimento rodoviário e o Código Florestal à questão dos mananciais, nascentes e áreas de recarga. Então, vê-se cada vez mais um distanciamento das políticas setoriais da gestão de águas, o que deixa os mananciais ainda mais vulneráveis”, declara.

 A crise da água em São Paulo serve de alerta para todo o País, já que as pressões ambientais e sociais que a ocasionaram são as mesmas que se reproduzem, de maneira geral, no mundo: aumento da demanda em um cenário de mudança climática, com crescentes incertezas na regularidade da oferta.

 No Brasil, os números mostram que um aumento no consumo da água gerente de Uso Sustentável de Água e Solo da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia dos Santos, descreve um círculo vicioso: “A população aumenta, melhora de vida e consome mais alimentos. Os produtores rurais precisam, então, destinar mais áreas para produção de alimentos, a fim de suprir a demanda. Com isso, não apenas usam mais água, como ocupam áreas que antes produziam água. Então, consome-se mais e produz-se menos”.

 De acordo com o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, publicado pela ANA em 2013, entre 2006 e 2010, houve aumento de cerca de 29% da retirada total de água no País. O uso para irrigação foi o que mais cresceu: quase triplicou em algumas regiões. A irrigação é a principal responsável pelo uso da água no País, representando 72% do total consumido.

 Segundo Santos, é preciso que as áreas que produzem grãos mantenham-se também como produtoras de água. “Isso requer alguma adaptação, por isso temos alguns programas dedicados à rotação de culturas, construção de sistemas de drenagem e captação de água e implantação de terraços ou estruturas que aumentam a infiltração de água no solo”, diz Santos. As soluções existem, mas o problema é definir quem paga por elas. “Todos se beneficiam da água, mas só alguns pagam. Por isso, as contas não fecham.”

 COBRANÇA: UM CAMINHO

 A cobrança pelo uso da água é o principal instrumento de gestão disponível para tentar fechar as contas (mais em “Saídas Possíveis“). Mas, no âmbito federal, essa ferramenta foi implantada, até agora, apenas em quatro bacias: do Rio Paraíba do Sul, do Rio São Francisco, do Rio Doce e dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Tudo está ligado. A cobrança viabiliza a gestão, que por sua vez se encarrega de obter dados, monitorar o sistema e produzir informação para um sistema de governança, que faz a gestão compartilhada do sistema.

 Um dos problemas fundamentais do sistema, para Santos, da ANA, é que se tem dado muita ênfase à gestão da oferta de água – isto é, obras que garantam um aumento do abastecimento –, mas pouco tem sido feito no campo da gestão da demanda. “A gestão da demanda passa necessariamente pela adoção de práticas de uso sustentável ou racional da água”, explica.

Entram aí a diminuição de perdas físicas, como vazamentos e evaporação, a redução do desperdício, a educação ambiental da população, a captação da água da chuva nas cidades e o incentivo ao reúso da água. “Um exemplo: os municípios de menos de 50 mil habitantes não têm escala para tratar o esgoto. Mas podem fazer uma planta de tratamento intermediário, que permitirá reutilizar a água para a irrigação agrícola, produção de biomassa, ou alimento para o gado. Isso diminuiria o impacto no consumo dos reservatórios”,sugere Santos.

 Uma boa opção para incentivar o uso racional da água, de acordo com ele, é o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que remunera os agentes responsáveis pela produção de recursos hídricos usando o dinheiro arrecadado com a cobrança pelo uso da água. A ANA mantém há 14 anos o Projeto Produtor de Água, que utiliza esse instrumento. “Um aspecto que dificulta o uso do PSA e de outros instrumentos de gestão é o fato de termos dupla dominialidade: as águas de domínio da União – que inclui os rios que passam em mais de um estado ou em fronteiras – e as de domínio dos estados”, diz Santos.

 O PSA também esbarra em dificuldades técnicas, por ser um instrumento ainda muito novo, de acordo com Elaine Franco de Campos, coordenadora de Projetos da Agência PCJ, órgão que dá apoio técnico ao Comitê da Bacia PCJ. Muitas vezes, diz ela, há recursos disponíveis para o PSA, mas eles não podem ser gastos, porque não se tem os recursos para as outras necessidades envolvidas com cada projeto, como a execução de estudos da área, cercamento e barraginhas, por exemplo.

Com isso, o Projeto Produtor de Água na Bacia PCJ, em 2013, só conseguiu utilizar R$ 150 milhões dos R$ 395 milhões que tinha disponível. “Não se trata só de pagar o produtor de água, é preciso viabilizar muitas outras coisas e, dependendo do local, não há marco legal que permita o pagamento”, disse Elaine.

 Para Juliana Cibim, professora de Direito Ambiental da Faap, a legislação oferece instrumentos e possibilidades para uma boa gestão dos recursos hídricos, mas, na prática, ainda há muito a fazer. “A governança é especialmente complexa nas bacias com muitos municípios, por conta de interesses divergentes e dificuldades de planejamento de longo prazo. E não há dúvida de que temos uma questão de gestão a ser resolvida”, afirma Juliana, que é coordenadora de conteúdo no Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) e defendeu doutorado sobre o desafio da governança da água em bacias transfronteiriças.

 De acordo com ela, a gestão atual não é ruim, mas encontra obstáculos, porque a questão da água não tem o destaque que merece. “A gestão dos recursos hídricos é extremamente complexa e está atrelada ao planejamento urbano, ao Zoneamento Ecológico-Econômico, ao plano diretor das cidades e aos interesses dos diversos atores. É preciso priorizar a questão da água sempre, em vez de dar destaque a ela apenas em momentos de crise como o atual”, diz.

Imagens: Laercio Braga

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Veja 9 dicas para construir uma casa sustentável



Cuidados simples, alguns até já praticados, podem fazer diferença na natureza

Mais que uma realidade, cada vez mais a casa sustentável é uma necessidade. Para ficar no dado: a construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no mundo, de acordo com o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica (Idhea). Para ficar no positivo: construções sustentáveis podem reverter o quadro de degradação ambiental e preservar os recursos naturais para gerações futuras.

Em tempos de mudanças climáticas, quanto mais opções que poupem o meio ambiente, melhor. E a maioria das inovações não é cara ou dá retorno financeiro a médio e longo prazo, o que pode sensibilizar bolsos mais resistentes.

Confira abaixo nove dicas para construir uma casa ambientalmente amigável. Na maioria, são cuidados simples, alguns que até já são praticados, que podem fazer diferença na natureza.

1.Como se trata de um mercado em constante renovação, informe-se sempre pela internet e com quem trabalha com esse tipo de material quais são as novas tendências

2.Troque os materiais de construção pelos produzidos com baixo custo ambiental. Por exemplo, tijolo de solo-cimento em lugar do tradicional. Pode custar mais, mas dispensa o acabamento com massa corrida, ou seja, o custo fica zero a zero

3.Isole bem a casa, como forma de aproveitar ao máximo a refrigeração e o aquecimento, evitando desperdício

4.Sistemas de captação de energia solar e de água da chuva são mais complexos de serem instalados, mas dão resultados e retorno do investimento a médio e longo prazo

5.Medidores de consumo de água ajudam a controlar e reduzir o consumo

6.Troque lâmpadas comuns pelas fluorescentes, que consomem menos

7.Em vez de ar-condicionado, use ventiladores de teto. Também servem no frio, para movimentar o ar quente concentrado no alto

8.Algo de baixo trabalho e alto rendimento: plantar árvores. Se forem frutíferas, melhor: você pode consumir a produção e até iniciar sua própria horta

9.Dê preferência a utensílios do lar eletrodomésticos com certificados de que não agridem o meio ambiente, como vassouras feitas a partir de mata desmatada legalmente

10 hábitos simples para ajudar o planeta



Dez hábitos básicos para toda pessoa ajudar a enfrentar o efeito estufa


Descobrir como diminuir os gases poluentes e tornar o planeta um lugar ecologicamente seguro e viável não é uma tarefa difícil. Pequenos gestos e a mudança de hábitos diários já fazem o resultado aparecer. Com ajuda da ONG Iniciativa Verde, veja 10 maneiras básicas de diminuir a emissão individual de gases que ampliam o efeito estufa (GEE):

Tem um carro? Cuide dele – e faça a manutenção do veículo. Um motor mal cuidado pode consumir 50% a mais de combustível, além de produzir 50% mais dióxido de carbono (CO2).

Olho no pneu. Faça a calibragem a cada duas semanas pelo menos.

Prefira veículos movidos a álcool ou os biocombustíveis. O álcool é uma fonte de energia renovável, ao contrário da gasolina, do diesel ou do gás.

Em casa, substitua o ar-condicionado pelo ventilador.

Não deixe muitos eletrodomésticos ligados ao mesmo tempo, principalmente se tiver mais de um para funções semelhantes, como geladeira e freezer.

Troque as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, que consomem cerca de três vezes menos energia e ainda podem durar até dez vezes mais. Ajuda também na redução da conta de luz.

Não deixe luzes ou equipamentos ligados. Configure o computador, por exemplo, para que desligue seu monitor quando estiver em espera.

Evite imprimir ou utilizar papel. Dê preferência ao e-mail e sempre que possível use papel reciclado.

Separe papéis e papelão para reciclagem quando for descartá-los.

Separe os materiais recicláveis, pois isso, alem de reduzir a exploração de matéria-prima bruta, dispensa os gastos de energia e combustíveis fósseis no processo de fabricação e transporte.

As árvores são importantes porque ajudam a absorver o CO2 da atmosfera, além de proporcionar sombra e amenizar a temperatura. Se plantadas perto de residências, por exemplo, elas ajudam a controlar o calor, que reduz o uso de condicionadores de ar ou ventiladores. Portanto, plante árvores!

Fonte: Terra

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vazamento no golfo do México é de até 60 mil barris por dia, e não 35 mil.

Uma equipe de cientistas americanos elevou nesta terça-feira sua estimativa para o vazamento de petróleo do poço da British Petroleum no golfo do México. Os cientistas afirmaram que "provavelmente, a vazão de petróleo hoje" varie entre 35 e 60 mil barris por dia. Isso representa um aumento significativo em relação à estimativa anterior, de entre 20 e 40 mil barris por dia.

Em litros, representa entre 5,5 e 9,5 milhões de litros de petróleo vazando por dia no golfo do México, segundo os novos cálculos, e representa até 3,1 milhões de litros a mais do que calculava o governo norte-americano até agora.

Depois de uma reunião de cientistas independentes e do governo convocada pelos secretários de Energia, Steven Chu, e de Interior, Ken Salazar, os especialistas determinaram que "o fluxo mais provável" alcança entre 35 e 60 mil barris diários.

Até agora, os cientistas calculavam que o fluxo representava um volume de até 40 mil barris por dia (6,4 milhões de litros).

O "funil" de contenção colocado no final de maio sobre o poço pode capturar até 18 mil barris diários. Por isso, a BP (British Petroleum) instalará um segundo dispositivo do tipo, conhecido como Q4000, que poderia conter entre 20 e 28 mil barris.

No total, a estratégia de contenção que a BP desenvolveu, a pedido do governo americano, prevê expandir a capacidade de captura de petróleo para entre 40 e 53 mil barris diários no final deste mês e de 60 a 80 mil barris até meados de julho.

Os cientistas levaram em conta as análises de uma série de vídeos de alta resolução, tecnologias acústicas e o volume recolhido no navio petroleiro que recebe o óleo.

A BP se viu obrigada a suspender hoje durante cinco horas as tarefas de transposição devido a um pequeno incêndio no navio de armazenamento.

O vazamento de petróleo no golfo do México, a catástrofe ecológica mais grave da história dos EUA, começou por causa da explosão e conseguinte afundamento no mar da plataforma "Deepwater Horizon", administrada pela BP, em abril. O incidente deixou 11 mortos.

Energias renováveis podem gerar crescimento económico.



Estudo mostra que investimentos na area impactam na economia mundial.

Estudo lançado no último dia 7 pelo Greenpeace, em parceria com o Conselho de Energia Renovável Europeu (Erec), mostrou que investimentos em energia eólica e solar, aliados a mudanças nos paradigmas de produção e consumo, reduzem a liberação de carbono e garantem um crescimento econômico em padrões mundiais.

Segundo a previsão da terceira edição do relatório Revolução Energética: Um Mundo de Energia Sustentável, até 2030 será possível cortar emissões de CO2 produzindo energia eficiente, limpa e segura. Além disso, o reflexo macroeconômico poderá ser visto na geração de 8,5 milhões de empregos em todo o planeta.

Ligada ao setor da indústria de renováveis, a pesquisa ainda prevê dois cenários energéticos diferentes, baseados no tipo de investimento e política pública para o setor. Um primeiro, mais moderado, analisa que o uso seis vezes maior de renováveis implicará em redução de 50% das emissões de carbono até 2050. O segundo cenário, mais avançado, presume cortes de emissão de até 80%.

Atualmente, as energias renováveis representam 13% da demanda mundial, enquanto 80% da produção ainda depende de combustíveis fósseis. De acordo com os pesquisadores, para inverter este valor até 2050, é preciso projetar o futuro a partir de fontes como biomassa, eólica e solar, além de investir em mudanças nos modelos de distribuição e consumo de energia, como redes de transporte mais eficientes e emprego de equipamentos modernos na produção. 

Segundo os resultados apresentados, se as conclusões do documento forem seguidas, até 2030 serão criados 12 milhões de empregos -- 8,5 milhões apenas no setor de renováveis. O número seria 33% maior do que o gerado caso se mantenha o investimento somente em combustíveis fósseis.



Além de compensar a demanda maior vinda de países em desenvolvimento, o estudo garante que a quantidade de energia. poupada graças a investimentos bem feitos pode significar a possibilidade de acesso à energia para 2 bilhões de pessoas que ainda vivem em áreas remotas, alijadas da rede de distribuição mundial.