segunda-feira, 9 de março de 2009

Hillary diz que EUA foi negligente com clima e que crise oferece "nova chance"


A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira que a administração do ex-presidente George W. Bush foi negligente com o problema do aquecimento global, mas que a crise financeira deu uma nova chance ao país.

"Nunca desperdice uma boa crise", afirmou Hillary, em uma audiência com jovens no Parlamento Europeu. "E em relação à crise econômica, não desperdice quando isto puder ter um impacto bastante positivo na mudança climática e na segurança energética."

A declaração foi a resposta de Hillary à pergunta de um jovem belga sobre os planos da administração do presidente Barack Obama de lidar com o aquecimento global e se ela via a segurança energética como um tema relacionado às mudanças no clima.

Hillary disse ainda que a administração Obama --que falou muito em energia limpa e carros menos poluentes, mas evitou propostas mais abrangentes para o tema-- colocará como prioridade a cooperação global em ambiente.

Ela contou ainda que nomeou um enviado especial para as conversas sobre o tema, marcadas para começar em dezembro deste ano na Dinamarca.

Hillary aproveitou para criticar o governo Bush e lembrar que a crise é uma oportunidade para a reconstrução da economia com base em um modelo mais ecológico e com menos dependência das pouco confiáveis importações da energia do exterior.

Os Estados Unidos são vistos como os principais atores nas discussões sobre o clima global em Copenhague em dezembro, depois de o presidente Obama ter assinado um novo e urgente acordo sobre a mudança climática em completo contraste com Bush.

"Certamente os Estados Unidos têm sido negligentes em cumprir suas responsabilidades", disse Hillary. "Esta é a hora propícia [...] nós podemos, na realidade, começar a demonstrar nossa boa vontade para confrontar isto."

"Estamos fazendo todo o possível que conseguimos pelo tempo perdido", ela acrescentou. "Não há dúvida de que, na minha opinião, as crises de segurança energética e da mudança climática, as quais eu entendo como sendo juntas, não separadas, precisam ser enfrentadas."

Fonte: Folhaonline

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