segunda-feira, 23 de março de 2009
Palha de trigo pode ser usada em peças de carro
A palha do trigo pode, em breve, passar a fazer parte de peças de veículos e substituir materiais não-renováveis obtidos por meio da mineração.
Pesquisas do brasileiro Leonardo Simon, professor da área de engenharia química na Universidade de Waterloo, no Canadá, mostram que a palha é uma alternativa viável ao uso de carbonato de cálcio, talco e mica.
Sem valor para agricultura, a parte de baixo do trigo, a palha, pode substituir materiais não-renováveis obtidos por meio da mineração
Para ser utilizada nos carros, ela é transformada num pó e, depois, é misturada com polipropileno (plástico). E pode formar peças tanto para a parte interna quanto para a externa dos automóveis.
"A palha hoje não tem valor para agricultura, só se usa a parte de cima da planta e o restante é resíduo. Então, porque a gente vai gastar energia para minerar se pode colher a palha de trigo?", indaga Simon.
O pesquisador acredita que os produtos feitos com o material podem se tornar competitivos em cerca de três anos.
Segundo ele, a palha de trigo reduz o peso da peça e funciona também para dar volume. Alguns dados da pesquisa são sigilosos, entretanto ele dá pistas dos benefícios observados.
"Em alguns processos, consegue-se reduções significativas no peso da peça. E, quando o veículo fica mais leve, economiza combustível", afirma.
Ele está otimista também com uma diminuição dos custos, e sugere que a economia deve ser de mais de 10%. Se fosse de menos de 10%, diz Simon, as pessoas se perguntariam se valeria a pena fazer a troca.
Desafios
Para entrar no mercado é preciso atender a uma série de especificações das montadoras. A maioria delas já foi avaliada e passou no teste.
Mas ainda há desafios, como o fornecimento da palha para atender a esse mercado. 'É preciso recolher o trigo que foi deixado na plantação, fazer o fardo, levar para uma indústria, transformar em pó.' Caso ocorra um atraso na entrega, o prejuízo para a montadora é alto -e será cobrado do fornecedor.
O brasileiro tem realizado pesquisa semelhante com a palha da soja. Porém, está em estágio menos avançado.
Os estudos fazem parte do projeto BioCar, que integra quatro universidades canadenses. O projeto é financiado pelas universidades, pela Província de Ontário e por empresas -entre elas a Ford, que contribuiu com 2 milhões de dólares canadenses para o programa.
Fonte: FolhaOnline texto: AFRA BALAZINA
quinta-feira, 19 de março de 2009
WWF-Brasil promove Hora do Planeta
A Hora do Planeta é um ato simbólico no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e vai contar com a adesão de mais de mil cidades em todo o mundo. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível
em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.
Promovida pela primeira vez no Brasil, a Hora do Planeta conta com a adesão oficial da cidade do Rio de Janeiro, onde serão desligadas as luzes de ícones da cidade, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana.
Confira mais detalhes em: http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/
Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e vai contar com a adesão de mais de mil cidades em todo o mundo. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível
em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental.
Promovida pela primeira vez no Brasil, a Hora do Planeta conta com a adesão oficial da cidade do Rio de Janeiro, onde serão desligadas as luzes de ícones da cidade, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana.
Confira mais detalhes em: http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/
segunda-feira, 16 de março de 2009
SABESP apresenta ao Prefeito Silvinho Peccioli o plano de investimentos para Santana de Parnaíba
O Prefeito de Santana de Parnaíba Silvinho Peccioli recebeu, na sexta-feira (06/03), em seu gabinete, representantes da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), da Unidade de Negócio Oeste, para discutir o plano de investimentos para a cidade na área de saneamento. Estiveram presentes à reunião, o superintendente da Sabesp Milton de Oliveira, gerentes e outros funcionários da empresa, além dos secretários municipais de Obras Guilherme Correia, de Serviços Municipais José Carlos Gianini e Planejamento e Receita Roberto Ignátios.
Durante o encontro, os representantes da SABESP apresentaram ao Prefeito o plano de obras previsto para o município até o ano de 2018. A companhia pretende, ao final deste período, universalizar os serviços de esgotamento sanitário em Santana de Parnaíba, que segundo levantamento da própria SABESP, cobre, atualmente, cerca de 26% do município, sendo que apenas 5% do total coletado recebe o tratamento adequado.
O valor das obras a serem realizadas em Santana de Parnaíba até 2018 está orçado em R$ 127,95 milhões. Deste montante, R$ 75,5 milhões serão destinados para a rede coletora e tratamento de esgotos e, o restante, no valor de R$ 52,45 milhões, será investido no sistema de abastecimento de água.
Diante das propostas apresentadas pela SABESP, o Prefeito Silvinho Peccioli alertou para que as propostas contidas no Plano Municipal de Saneamento, estudo que apresenta as necessidades da cidade nesta área, a ser elaborado em 2009, sejam incorporadas nos investimento da companhia. “Entendemos sobre as dificuldades em se conseguir investimentos para a realização das obras, mas o município necessita desses serviços que são básicos para a população”, disse o prefeito. “Nós nos propomos, inclusive, em manter a parceria com a SABESP para que as obras em locais de baixa densidade populacional sejam executadas em conjunto com a prefeitura”, garantiu o prefeito.
Silvinho Peccioli também cobrou da SABESP, durante a reunião, fontes estáveis de suprimento de abastecimento, para que a cidade não seja prejudicada, em períodos de seca, com a redução da pressão da água. Para solucionar o problema, a SABESP propõe integrar a Região Oeste ao Sistema Produtor do Ribeirão São Lourenço – manancial localizado na cidade de São Lourenço da Serra – e, desta forma, aliviar o Sistema Cantareira, que abastece parte do município.
Porém, o Prefeito gostaria que fosse incluída nas obras da SABESP a implantação do Sistema do Ribeirão Santo André, localizado na cidade. Com o funcionamento deste sistema, o município ganharia autonomia de abastecimento, pois o reservatório é capaz de fornecer até 300 litros, por segundo, para atender uma população de até 250 mil habitantes. Entretanto, o custo para a implantação do sistema é bastante elevado, chegando à ordem de R$ 42 milhões, segundo a SABESP.
Ainda durante a reunião, o prefeito Silvinho Peccioli abordou questões técnicas, com relação à qualidade das obras executadas na cidade. Ele solicitou uma melhor manutenção das redes de água e esgoto e também a recomposição asfáltica das vias que forem submetidas a algum tipo de obra da SABESP.
Foram discutidas, ainda, as obras a serem realizadas pela prefeitura com recursos federais e em parceria com a SABESP, tais como o sistema de abastecimento de água do Jardim Itapuã, com início este ano, e o sistema de esgotamento sanitário do bairro Colinas da Anhangüera.
Na área de abastecimento de água, também será finalizada, no próximo mês de maio, as obras de implantação de redes de distribuição e ligações, no Jardim Clementino. E, no mês de novembro, está previsto o início da execução do mesmo serviço no bairro Vila Esperança, mas que ainda está em processo de licitação.
Fonte: SECOM Santana de Parnaíba
Texto: Alessandra Oliveira
segunda-feira, 9 de março de 2009
Cortina reduz o poluente em casa, diz Cetesb
A gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, Maria Helena Martins, acredita que o nível de ozônio do lado de fora dos prédios deva ser maior do que na área interna. Segundo ela, a concentração varia dependendo da ventilação do apartamento e se a cortina fica aberta ou fechada, por exemplo.
"O ozônio é muito reativo. Reage com carpete, com borracha, parede, materiais sintéticos. Sabe quando a borracha de mangueira fica grudenta? Ou quando aquela roupa azul fica meio roxa? Pode ser ação do ozônio. O oxigênio também faz isso", diz. "Quando o ozônio reage, acaba sumindo."
Já a pesquisadora da USP Ana Julia Lichtenfels acredita que o comportamento do poluente deva ser o mesmo dentro e fora -mas o LPAE ainda não coletou dados específicos para avaliar isso.
Ela conta que esse tipo de medição já foi realizada em salas da Faculdade de Medicina da USP, na movimentada av. Dr. Arnaldo, mas para outro poluente: o material particulado (sólidos e líquidos pulverizados que ficam em suspensão no ar).
"Medimos a concentração dentro e fora da sala e verificamos que a concentração infelizmente é a mesma. Ou seja, se você está próximo a um corredor de tráfego, a concentração de material particulado de ambiente interno se mostra semelhante à do externo", diz a pesquisadora. Ela defende que as medições de interiores sejam voltadas mais diretamente ao efeito sobre a saúde.
Fonte: FolhaOnline
Fornecedores de multinacionais não entendem mudança climática, diz estudo
O primeiro relatório sobre emissões de carbono focado na cadeia de fornecedores das principais multinacionais revelou que muitos deles não entendem a ameaça que a mudança climática representa.
Os autores do estudo, realizado pela organização Carbon Disclosure Project (CDP), pediram informações aos principais fornecedores de 34 multinacionais, como Cadbury, Colgate-Palmolive, Hewlett Packard e Vodafone.
Segundo a CDP, no caso destas 34 multinacionais, entre 40% e 60% de suas emissões totais de gases causadores do efeito estufa provêm de suas cadeias de fornecedores (matérias-primas, embalagens, suporte logístico etc) e, portanto, escapam do seu controle.
O diretor de Operações da CDP, Paul Simpson, declarou à Agência Efe que, após receber as respostas de 634 fornecedores das multinacionais, é evidente que "muitos deles não estão preparados para enfrentarem as consequências da mudança climática e não são totalmente conscientes dos riscos".
Simpson disse que um dos dados mais surpreendentes do relatório foi comprovar que as respostas mais completas vinham de empresas americanas.
"Foi surpreendente pela falta de regulação federal. É claro que estão atuando de forma mais avançada que a regulação federal", explicou Simpson.
O estudo indica que apenas 58% das empresas acham que a mudança climática significa um risco às suas operações, enquanto um terço disse que não vê no processo nenhuma ameaça.
O relatório também diz que os incentivos utilizados por fornecedores asiático para implementar mudanças são maiores que no resto do resto do mundo. Porém, o estudo identificou uma grande disparidade entre os vários países da região.
Enquanto as empresas do Japão e de Taiwan estão à frente nas mudanças, na Índia, na China e na Tailândia as taxas de resposta são muito inferiores.
Fonte: Folhaonline / EFE New York
Hillary diz que EUA foi negligente com clima e que crise oferece "nova chance"
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira que a administração do ex-presidente George W. Bush foi negligente com o problema do aquecimento global, mas que a crise financeira deu uma nova chance ao país.
"Nunca desperdice uma boa crise", afirmou Hillary, em uma audiência com jovens no Parlamento Europeu. "E em relação à crise econômica, não desperdice quando isto puder ter um impacto bastante positivo na mudança climática e na segurança energética."
A declaração foi a resposta de Hillary à pergunta de um jovem belga sobre os planos da administração do presidente Barack Obama de lidar com o aquecimento global e se ela via a segurança energética como um tema relacionado às mudanças no clima.
Hillary disse ainda que a administração Obama --que falou muito em energia limpa e carros menos poluentes, mas evitou propostas mais abrangentes para o tema-- colocará como prioridade a cooperação global em ambiente.
Ela contou ainda que nomeou um enviado especial para as conversas sobre o tema, marcadas para começar em dezembro deste ano na Dinamarca.
Hillary aproveitou para criticar o governo Bush e lembrar que a crise é uma oportunidade para a reconstrução da economia com base em um modelo mais ecológico e com menos dependência das pouco confiáveis importações da energia do exterior.
Os Estados Unidos são vistos como os principais atores nas discussões sobre o clima global em Copenhague em dezembro, depois de o presidente Obama ter assinado um novo e urgente acordo sobre a mudança climática em completo contraste com Bush.
"Certamente os Estados Unidos têm sido negligentes em cumprir suas responsabilidades", disse Hillary. "Esta é a hora propícia [...] nós podemos, na realidade, começar a demonstrar nossa boa vontade para confrontar isto."
"Estamos fazendo todo o possível que conseguimos pelo tempo perdido", ela acrescentou. "Não há dúvida de que, na minha opinião, as crises de segurança energética e da mudança climática, as quais eu entendo como sendo juntas, não separadas, precisam ser enfrentadas."
Fonte: Folhaonline
sexta-feira, 6 de março de 2009
Excesso de informações sobre ecologia confunde consumidores
O motivo (salvar o planeta) é justo e a demanda, grande: reciclar o lixo, diminuir o consumo, preferir os orgânicos, usar papel reciclado, gastar menos energia elétrica e menos água, ter sempre à mão uma "ecobag" para não passar nem perto das sacolinhas plásticas.
O problema é que, como se fala tanto em sustentabilidade e aquecimento global, a quantidade de informações, muitas vezes contraditórias, confunde e cansa até o mais bem intencionado ecologicamente.
Quinteiro decidiu levar caneca para o trabalho, para não usar copos, mas foi avisada de que uso da água geraria outro impacto
A consultora em desenvolvimento organizacional Sandra Quinteiro, 41, por exemplo, não acha fácil cumprir a sua parte. No prédio onde mora, o lixo reciclável é todo separado: papel, plástico, metal... Mas ela não sabe onde se encaixa a caixinha longa vida --e já ouviu diversas teorias sobre o assunto.
Também se sentiu bem ao levar uma caneca para o trabalho, para não usar mais copos descartáveis. Até alguém comentar que a água usada para lavá-la geraria outro tipo de impacto ao ambiente.
"Existem muitas informações contraditórias porque elas envolvem dados técnicos bastante complexos. Se até entre os cientistas há controvérsias, imagine entre os leigos. O consumidor teria de ser um especialista em energia, em água etc. para entender tudo", analisa a socióloga Fátima Portilho, da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), autora do livro "Sustentabilidade Ambiental, Consumo e Cidadania" (ed. Cortez).
Além de ter os dados em mãos, é preciso entender por que se deve adotar determinada ação --e saber que nem sempre uma iniciativa terá somente resultados positivos--, o que torna o engajamento ecológico ainda mais complicado.
Por exemplo, ao escolher um carro a álcool porque polui menos do que o veículo a gasolina, o consumidor sustenta a produção de um combustível que pode ser responsável por desmatamento de floresta e que pode oferecer condições ruins de trabalho.
"As escolhas sempre terão elementos contraditórios e é preciso fazer ponderações, decidir o que deve ser priorizado. Minha ação vai diminuir o aquecimento global? Ou desencadear algum problema social? Ao compreender isso, percebe-se que as respostas não são "preto no branco'", diz Hélio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
E, mesmo com essa reflexão, ainda ficam questionamentos, pois é difícil saber como uma escolha poderia causar tamanho efeito no ambiente, quando se abordam somente termos genéricos. "Isso atrapalha porque se fala muito das conseqüência globais, mas falta o direcionamento para o que pode ser feito localmente", explica Eliane Saraiva, coordenadora do curso Técnico Ambiental do Senac de São Paulo.
De olho nesse turbilhão de informações e dúvidas, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) criou um site de orientação para o consumo consciente (www.climaeconsumo.org.br), que pretende ligar as pequenas ações às grandes questões ecológicas. "Falta uma conexão entre os problemas ambientais e os hábitos de consumo, não é fácil ser um consumidor responsável", diz Lisa Gunn, coordenadora-executiva do Idec.
Tantas incertezas podem explicar os números de uma pesquisa do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) e do Ibope, divulgada no mês passado. Apesar de todas as sugestões, a população ainda não tem uma ação ecológica relativamente simples: 67% dos brasileiros entrevistados não separam o lixo reciclável e somente 5% encaminham o lixo orgânico para a transformação em adubo.
Além de informações incompletas, outro problema que desestimula a adoção de atitudes ecológicas é a falta de opção aos hábitos poluentes. Esse é o dilema do administrador Matheus Oshikiri, 34. Ele reutiliza quase todo o lixo que produz --manda as embalagens para reciclagem, e o orgânico vira adubo para seu jardim--, não come fritura, "não sei o que o estabelecimento que fritou o meu pastel vai fazer com aquele óleo" e evita as sacolinhas plásticas.
Oshikiri procura agir de modo sustentável, mas gostaria de fazer mais, como deixar de usar carro e comprar discos de segunda mão
Ainda assim, gostaria de fazer mais, como deixar de usar o carro, comprar discos de segunda mão e escolher embalagens de papel reciclado. "Quero ter a opção de ser mais sustentável. Mas o sistema de transporte de São Paulo é horrível, a malha ferroviária é insuficiente, não se estimula o comércio de produtos usados, só se fala em recicláveis, mas não em reciclados... O meu esforço tem de ser muito maior aqui do que em outros países", lamenta.
Falta de alternativa
Maria Cláudia Kohler, coordenadora do curso de pós-graduação em meio ambiente e sociedade da FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) e coordenadora de voluntários do Greenpeace Brasil, concorda: o assunto está em pauta, mas é difícil aderir por falta de alternativa.
"O produto orgânico é melhor, mas é mais caro. As pessoas não têm opção na questão financeira e faltam estímulo e políticas de governo. E ainda falta opção. Adoraria escolher entre energia eólica e solar, mas não há essas possibilidades em minha rede de abastecimento. Não há pasta de dente sem caixa de papelão...", diz.
Algumas escolhas convergem para ações econômicas, como a diminuição no consumo de energia elétrica, explica Fátima Portilho, da UFRRJ. Esse benefício imediato pode facilitar a adesão à mudança do hábito. Verifica-se isso na mesma pesquisa do WWF e do Ibope: 80% dos entrevistados sempre desligam lâmpadas e deixam o computador em estado de hibernação quando saem do ambiente por pouco tempo.
Isolado, mas produtivo
O psicólogo Sean White, 29, acredita que as mudanças precisam ser drásticas para causar efeito na natureza e que, apesar de estar na moda dizer que é ecologicamente sustentável, não sente um compromisso geral com a causa. "Esse monte de informação me desestimula, porque faço pequenos gestos e ainda assim me sinto culpado. Ficam na discussão se uso um copo de plástico ou de papel, mas eu preciso tomar o meu café de algum jeito", desabafa.
Essa sensação de isolamento também torna mais difícil o engajamento às ações ecológicas, segundo Fátima Portilho. "Eu faço o esforço, mas posso desanimar quando percebo que só eu ajo", diz.
E, para constar, sem querer causar confusão: a caixinha longa vida deve ir ao compartimento dos papéis. De acordo com a Tetra Pak, a embalagem segue antes para a indústria papeleira e, depois, para outras indústrias que aproveitarão o plástico e o alumínio.
Fonte: Folhaonline
quarta-feira, 4 de março de 2009
Barueri e Santana de Parnaíba perdem áreas verdes
Nos últimos três anos, as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória desmataram 793 hectares de mata atlântica, 14 vezes mais que o período de 2000 a 2005. Os dados foram apresentados no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica de 2005 a 2008, realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Na região metropolitana de São Paulo, o desmatamento foi o maior constatado pela pesquisa: 437 hectares entre 2005 e 2008. No mesmo período, o município de Barueri perdeu um hectare de mata atlântica, enquanto Santana de Parnaíba perdeu 21 hectares em relação aos dados referentes a 2000 e 2005.
Atualmente, as cidades possuem respectivamente 259 hectares e 2.949 hectares de mata atlântica em seu território.
segunda-feira, 2 de março de 2009
IPT realiza Plano de Recursos Hídricos para SP
IPT realiza Planos às Bacias Hidrográficas em cidades do interior do Estado, com o objetivo de diagnosticar o uso da água em diversos setores.
A Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e Industriais (CPTI), contratada pelos Comitês de Bacias, e o IPT, executor dos projetos, realizaram oito Planos de recursos hídricos das Bacias Hidrográficas do Turvo/Grande, do Rio São José dos Dourados, do Baixo Pardo/Barra Grande, Sapucaí-Mirim/ Grande, do Pardo, do Tietê/ Jacaré, do Sorocaba/ Médio Tietê e do Litoral Norte reunindo 224 municípios dessas regiões do Estado de São Paulo (SP). A função foi diagnosticar os setores usuários de água: municipal, agrícola e industrial e verificar suas demandas. São analisados a demografia, qualidade das águas, monitoramento de chuvas, situação da vegetação, destino do lixo urbano e dos resíduos industriais, poluição agrícola, doenças causadas pela água, degradação e outros aspectos que possam afetar os recursos hídricos e a população. Nesse sentido, são planejadas ações para conservar, recuperar, preservar e proteger a água e o ambiente.
As decisões a serem tomadas são discutidas com o Colegiado Gestor da Bacia Hidrográfica formado por um Comitê com representantes do Estado, sociedade civil organizada de cada região e representantes dos municípios. É realizado um planejamento a curto, médio e longo prazo até o ano de 2020, com ações para melhorias e recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, além de recursos de outras fontes.
A lei nº7663 votada pela Assembléia Legislativa em dezembro de 1991, estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos e ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Nela, o Fehidro foi estabelecido como suporte para recursos financeiros. O governo estadual de São Paulo recebe cerca de 55 milhões de reais por ano e distribui para os 21 comitês de bacia hidrográfica estabelecidos no estado e mais uma parcela para o Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH).
O IPT tem contribuído com o gerenciamento dos recursos hídricos das regiões do Litoral Norte, Araraquara, Ribeirão Preto, Franca, Sorocaba, Piracicaba, Jales, São José do Rio Preto, Barretos, São Paulo e com o próprio CRH.
" Todos os aspectos que afetam o meio ambiente vieram se degradando há 500 anos. A ocupação humana se apropria dos recursos naturais sem se preocupar. São Paulo que é engajado e tem uma política de recursos hídricos estabelecida está tentando recuperar esse quadro. O planejamento é essencial para que um salto aconteça, por isso há importância em se promover uma ação continuada da integração de iniciativas", afirma José Luiz Albuquerque, pesquisador do CETAE e interlocutor do IPT junto ao Fehidro.
Com a CETESB/ SMA, a Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA)/SMA, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) da Secretaria de Saneamento e Energia – SSE, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI)/Secretaria da Agricultura e a Fundação Florestal / SMA, o IPT foi nomeado agente técnico do Fundo Estadual em 2004. O Convênio envolve 20 pesquisadores de diversos Centros Tecnológicos do IPT, graças ao conhecimento técnico das equipes multidisciplinares do Instituto."Ampliamos nossa atuação, hoje administrando quase 160 contratos dos mais diferentes comitês do Estado de São Paulo", conclui Albuquerque.
Sanepar cria "universidade" do saneamento
A Sanepar firmou contrato com a Caixa Econômica Federal para a implantação da Universidade do Saneamento - Unisan, que vai funcionar na Estação de Tratamento de Água do Tarumã, prédio inaugurado em 1945 e que faz parte do patrimônio histórico do saneamento básico do Paraná. O contrato foi assinado na noite da quinta-feira (26), pelo presidente da Sanepar, Stênio Sales Jacob, e pelo superintendente regional da Caixa, Jorge Kalache Filho. Os recursos são de R$ 2,8 milhões.
O projeto compreende a reforma de 1.904 metros quadrados, além da construção de 883 metros quadrados e do aproveitamento de 483 metros quadrados de canais de água. O espaço contará com seis salas de treinamento, uma sala de exposição e auditório para 180 pessoas. “Com o projeto da Unisan, a Sanepar usa o patrimônio como instrumento de educação socioambiental, voltado tanto para seu corpo de empregados como para a comunidade”, explica a diretora de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Maria Arlete Rosa.
ABERTA – A nova instituição está sendo criada dentro do conceito de universidade corporativa, embora aberta à população. A Unisan vai promover ações de educação socioambiental, para atendimento à comunidade; atuar na formação e qualificação de profissionais para o setor do saneamento, incluindo terceirizados, agentes financeiros e profissionais do setor; e desenvolver pesquisa e desenvolvimento vinculados ao treinamento e capacitação de seus empregados.
“A Unisan será um espaço de construção do conhecimento na área do saneamento básico, promovendo o intercâmbio com instituições de ensino, para a formação profissional, a pesquisa e a extensão. O objetivo será disseminar o conhecimento acumulado ao longo dos 45 anos de existência da Sanepar, desde o processo de tratamento da água até a geração de energia elétrica, a partir das estações de tratamento de esgoto”, detalha Arlete.
Segundo Stênio Jacob, o projeto consolida o Paraná como referência em saneamento básico. “Isso com base no trabalho da Sanepar, que está sendo apontada, pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, como a melhor empresa do setor no país”. Também participaram da assinatura do contrato os diretores da Sanepar Hudson Calefe, financeiro, e Cezar Eduardo Ziliotto, jurídico; Luiz Henrique Borgo e Arielson Bittencourt, gerentes da Caixa.
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