Reduzir Normal Aumentar Imprimir O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu que a reunião mundial sobre mudanças climáticas, iniciada nesta segunda-feira em Copenhague, "não será um fracasso" graças a compromissos já anunciados por vários países que tiveram o Brasil como impulso.
De acordo com o ministro, o anúncio feito pelo Brasil de que buscará reduzir suas emissões de gases-estufa em até 38,9% até 2020 fez com que outros países apresentassem números. Minc acredita que a posição brasileira também provocou a China e os Estados Unidos, os dois maiores emissores do mundo, a abandonarem a posição de "abraço dos afogados". "No sentido de submergirem o mundo no derretimento das geleiras", disse. "Mesmo que não se chegue a um acordo sobre tudo, e não vai se chegar a um acordo sobre tudo, uma base sólida será feita", avaliou o ministro.
Segundo Minc, o que já está sobre a mesa não será tirado. O ministro falou a jornalistas durante evento da Abras, associação que representa o setor de supermercados, no qual foi assinado um acordo em que os varejistas se comprometem a não adquirir carne oriunda de áreas desmatadas. "Copenhague vai sair certamente com um acordo assinado", apostou.
Um acordo global para reduzir as emissões de gases-estufa, apontados como responsáveis pelas mudanças climáticas, tem esbarrado em questões como a divisão das reduções de emissões entre países ricos e em desenvolvimento e o financiamento para que países pobres consigam lidar com as mudanças do clima.
Minc, que viajará para a capital dinamarquesa na sexta-feira, disse que a meta brasileira representa uma redução de aproximadamente 1 bilhão de toneladas de carbono, o mesmo que recuar as emissões brasileiras a níveis similares aos de dez anos atrás.
O ministro estimou ainda que, para cumprir essas metas, serão necessários 10 bilhões de reais anuais ao longo de uma década. Minc inclui nessa cifra recursos dos governos federal, estaduais e municipais e da iniciativa privada.
Uma das formas para financiar esse montante é o Fundo Amazônia, criado no ano passado com doação de 1 bilhão de dólares do governo da Noruega. De acordo com Minc, a Alemanha garantiu mais 18 milhões de euros para o fundo, e o governo aproveitará a reunião sobre o clima para tentar obter mais recursos.
"A gente acha que isso pode ser triplicado, quadruplicado", afirmou, ao comentar que o Brasil levará à capital dinamarquesa um estande sobre o Fundo Amazônia em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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