segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
EUA dizem que não haverá acordo climático sem emergentes
Negociador americano pede que países em desenvolvimento assumam 'papel-chave' na questão do financiamento
COPENHAGUE - O chefe da delegação dos Estados Unidos na Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP15), Todd Stern, afirmou nesta sexta-feira, 11, em Copenhague que não haverá um acordo neste fórum sobre a redução das emissões sem a inclusão dos países em desenvolvimento.
Em entrevista coletiva, Stern disse que esses países "deverão assumir um papel-chave" para resolver a questão do financiamento para atenuar os efeitos das emissões de dióxido de carbono (CO2) nas nações pobres.
O diplomata americano fazia uma alusão à China, que nesta sexta-feira, por meio de seu vice-ministro de Assuntos Exteriores, He Yatei, lembrava "a obrigação legal" do mundo industrializado de reparar os danos causados às nações em desenvolvimento pelas emissões.
Stern reiterou a oferta inicial feita por Washington de cortar suas emissões em 17% até 2020 frente aos valores de 2005 e destacou as dificuldades que a aprovação de um acordo assinado em Copenhague pode enfrentar no Senado dos EUA.
Diversos países emergentes, entre eles a China, criticaram duramente esta proposta por considerar que representa apenas uma redução real de 4% na comparação com outros países industrializados, que partem de 1990 para calcular sua poluição.
O chefe da delegação americana em Copenhague ainda afirmou que "se deverá combinar a ciência com o pragmatismo para conseguir o possível" na COP-15.
Fonte: O Estado de S. Paulo (portal) – 11/12/2009
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