quinta-feira, 29 de abril de 2010

Plástico capaz de conduzir energia dá novo alento a painéis solares

O custo de produção de painéis solares pode cair com uma nova técnica de fabricação de plásticos condutores de eletricidade desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Princeton. "Os polímeros condutores (plásticos) estão por aí há bastante tempo, mas processá-los para fabricar alguma coisa útil degradava sua capacidade de conduzir eletricidade. Nós descobrimos como evitar esse inconveniente. Podemos moldar o plástico em formas úteis, mantendo sua alta condutividade ," afirma Yueh-Lin Loo, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que faz parte do grupo internacional de pesquisadores que estuda o assunto.


Com a descoberta, a eletrônica orgânica torna-se mais promissora para a produção de novos dispositivos e para o desenvolvimento de novas formas de produção dos já existentes. Ela resolve o problema da perda de condutividade que ocorria no momento do molde dos plásticos à base de carbono – por isso o termo orgânico. Os plásticos translúcidos, maleáveis e capazes de conduzir eletricidade representam uma alternativa de baixo custo ao óxido de índio-estanho, material caro usado em painéis solares.

Os pesquisadores desenvolveram uma maneira de manter a condutividade do material depois de moldado. Eles construíram um transistor de plástico, o componente fundamental da eletrônica, usado para amplificar os sinais eletrônicos. Os eletrodos do transistor foram depositados sobre a superfície de silício por uma técnica de impressão, de forma similar à que uma impressora jato-de-tinta utiliza para depositar a tinta sobre o papel - com a diferença de que a "tinta" é o polímero condutor de eletricidade.

Hoje, a eletricidade gerada pelas células solares plásticas, ou orgânicas, é coletada por um fio metálico transparente, feito com óxido de índio-estanho. "É possível distribuir plásticos condutores em cartuchos, como se vende hoje tinta da impressora, e você não precisa de máquinas exóticas para imprimir os padrões," disse Loo, ressaltando que isso torna o processo de fabricação em série de circuitos eletrônicos tão rápido e barato quanto imprimir um jornal. Com isso, seria possível reduzir significativamente os custos das células solares pela fabricação em rolos e em rápido processo e pela substituição do óxido de índio-estanho por plástico de custo muito menor.

"Para reduzir os custos das células solares orgânicas, temos de encontrar um substituto para o óxido índio-estanho. Nossos plásticos condutores deixam a luz solar passar, tornando-se uma alternativa viável", diz Loo.

Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br

Para ambientalistas, avaliação do Código Florestal deve ser deixada para 2011

A bancada ambientalista e organizações não-governamentais querem que possíveis mudanças no Código Florestal sejam discutidas no ano que vem, após as eleições. O ponto de vista não é compartilhado pelo relator da comissão especial da Câmara que avalia as alterações, deputado Aldo Rebelo. Para ele, o assunto deve estar concluído até outubro.


O relatório de Rebelo deve ser apresentado neste mês. “Os ambientalistas têm todo o tempo do mundo, os produtores rurais não. Eles têm uma safra todo ano para colher. A safra dos produtores rurais não depende da ajuda dos governos europeus, depende do trabalho deles, ao contrário dos ambientalistas”, diz.


Os grupos e políticos ambientalistas temem que a mudança na legislação ambiental em época de eleições seja usada como moeda de troca por parlamentares ligados ao agronegócio para garantir apoio em suas bases. “A bancada ruralista permeia toda a base aliada e tem enorme poder de fogo”, diz o deputado Ivan Valente.

Fonte: Redação Sociedade Sustentável / Terra.com.br