segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Esponja absorvente de mercúrio pode resolver dilema das lâmpadas fluorescentes compactas


As lâmpadas fluorescentes compactas, também conhecidas como lâmpadas PL, são energeticamente muito mais eficientes e vários países já marcaram data para a proibição da venda das tradicionais lâmpadas incandescentes, que deverão ser totalmente substituídas por esta opção mais econômica.

Reciclagem das lâmpadas fluorescentes compactas

Contudo, embora mais econômicas quando o assunto é consumo de energia, as lâmpadas fluorescentes compactas não são assim tão ambientalmente corretas quando se quebram acidentalmente ou quando se trata de descartá-las quando elas se queimam.

Além do circuito eletrônico embutido em seu interior, cada uma dessas lâmpadas possui entre 3 e 5 miligramas de mercúrio, uma neurotoxina com sérios efeitos sobre a saúde humana, dos animais e de todo o ambiente - e literalmente um veneno no caso de crianças pequenas e mulheres grávidas. O mercúrio é liberado na atmosfera na forma de um gás assim que a lâmpada se quebra.

Esponja absorvedora de mercúrio

Agora, a equipe do professor Robert Hurt, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, criou uma espécie de esponja que poderá resolver esse conflito entre a adoção de uma solução de iluminação que consome menos energia mas que tem o potencial de poluir mais.

A nova esponja absorvente de mercúrio é capaz de absorver a nuvem de mercúrio que escapa da lâmpada quando ela se quebra ou pode ser utilizada como revestimento em recipientes especiais para a quebra controlada das lâmpadas em estações de reciclagem.

Os pesquisadores desenvolveram também uma esponja que pode ser colocada no interior de sacos plásticos domésticos onde as lâmpadas serão guardadas para o descarte ou até chegarem à empresa de reciclagem.

"É um sistema completo de gerenciamento para lidar com uma lâmpada quebrada em casa," diz Hurt.

Nanopartículas de selênio

Os pesquisadores testaram 28 substâncias em busca do material com maior eficiência na absorção de mercúrio. Eles descobriram que nanopartículas de selênio - um elemento-traço muito utilizado em suplementos alimentares - é a mais eficiente.

Os átomos de selênio ligam-se aos átomos de mercúrio, formando seleneto de mercúrio (HgSe), um composto estável e ambientalmente benigno. A nanoesponja é capaz de absorver 99% do mercúrio liberado por uma lâmpada fluorescente quebrada no interior de um invólucro lacrado.

A Universidade está agora discutindo o licenciamento da tecnologia com empresas interessadas, para que a esponja absorvedora de mercúrio possa chegar ao mercado o mais brevemente possível.


Fonte: Site Inovação Tecnológica

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